A caça ilegal é um problema sem solução à vista no Nordeste Transmontano e é responsável vários acidentes, alguns deles mortais. O último terá acontecido na semana passada, no Brinço, em Macedo de Cavaleiros (ver texto nestas páginas).
Mas, para além do perigo que representa para as pessoas, também ajuda a provocar um rombo na economia da região “porque diminuiu o número de animais disponíveis para abate nas montarias ordenadas”, refere Rui Caseiro, vice-presidente da Câmara de Bragança e um dos responsáveis pela organização da Norcaça-Feira Internacional do Norte.
“Desta forma contribuiu para que as montarias sejam menos procuradas por caçadores, o que é muito prejudicial. A caça é um recurso económico importante e um fator de atração turística mas, quem vem, quer abater.
Se não houver caça, não vêm”, sublinha. Apesar de as associações cinegéticas não terem dados sobre o furtivismo, o fenómeno existe. “No passado sempre esteve associado à região e continua a estar.
Apesar de 38 anos de democracia continua a ser uma realidade, lamentavelmente”, referiu Adriano Palhau, membro do Clube de Caça e Pesca de Bragança.
A existência da caça clandestina é “culpa da falta de fiscalização por parte do Estado”, critica Rui Castanheira Pinto, presidente da Federação das Associações de Caçadores da Primeira Região Cinegética, que não se acanha a dizer que não só a caça furtiva é um problema, como é perigosa e potencia acidentes, camuflados devido à sua ilicitude.
Por:Glória Lopes
in:mdb.pt
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