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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Produção de castanha não satisfaz encomendas do mercado internacional
Portugal exportou 7.3 mil toneladas de castanha em 2011, que renderam 17.4 milhões de euros, mas a produção nacional é insuficiente para satisfazer as encomendas do mercado internacional, disse hoje um investigador da universidade de Vila Real.
É considerada o petróleo ou o ouro da montanha e a verdade é que a procura de castanha tem aumentado.
O investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) José Gomes Laranjo afirmou à agência Lusa que a produção nacional não chega para responder à procura do mercado externo.
Segundo dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2011, Portugal exportou 7.3 mil toneladas de castanha, maioritariamente para países como França, Espanha, Brasil e Itália, entre um total de 33 países.
Entre Janeiro e Agosto deste ano, foram exportadas 2.8 toneladas por 6.7 milhões de euros.
A produção nacional caiu no ano passado, o que se reflectiu também nas vendas para o exterior.
Este ano, segundo o responsável, também se prevê menos castanha do que a média de um ano normal, mas, garantiu, de qualidade.
«Num ano normal, a exportação andará à volta das 10 mil toneladas», frisou.
José Gomes Laranjo integra a rede nacional da fileira da castanha – RefCast – que há três anos defende um aumento da área de produção e quer incentivar o consumo no país.
O especialista defende que Portugal precisava de produzir mais castanha do que aquela que produz, pois este fruto «está a ser muito valorizado» e a «sofrer uma forte pressão pelos mercados externos».
«Esta pressão acontece porque há mercados externos que estão a falhar. A Itália está com enormes problemas na produção de castanha. A França não tem a castanha que serve à indústria e Portugal tem, porque continuou a apostar nas variedades nacionais», salientou.
Também Filipe Pereira, técnico da Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro (ARATM), afirmou que este fruto «não para em casa dos agricultores».
«É bom sinal. Não há agricultores a queixarem-se de que não há compradores, ao contrário do que acontece com outros produtos agrícolas», acrescentou
Após uma fase de evidente decréscimo, que se fez sentir desde os anos 50 do século 20, assistiu-se, desde o início da década de 90, a um ressurgimento da importância da castanha, visível tanto no aumento da produção atingidos como na área de souto plantada.
Segundo dados do INE, a área de souto plantada em Portugal ronda os 34.6 mil hectares, quando há dez anos era de 30 mil hectares. Actualmente a produtividade média é de 527 quilos por hectare, menor do que há uma década, que era de 904 quilos por hectare.
Trás-os-Montes concentra a maior parte da área de souto, designadamente 29.681 hectares, segundo dados referentes a 2011, seguido da Beira Interior com 2.916 hectares e Entre Douro e Minho, com 735 hectares.
Por esta altura, de apanha do fruto, realizam-se também as feiras da Castanha. Depois de Vinhais (Bragança) e Sernancelhe (Viseu) decorre a Feira da Castanha de Carrazedo de Montenegro (Valpaços) entre 9 e 11 de Novembro.
Lusa/SOL
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