Sob o lema “Desenvolver, Autonomizar e Rejuvenescer Trás-os-Montes”, esta união de cidadãos quer dar voz ao povo e fazer chegar as suas ideias aos decisores políticos.
Francisco Alves é o mentor deste movimento e incentiva a população a partilhar as suas ideias. “Decidimos criar este movimento, porque temos um grande amor à nossa terra e estamos inconformados com o abandono e a desertificação das aldeias de Trás-os-Montes. Temos que fazer alguma coisa. E aquilo que nós podemos fazer é criar movimentos, debater os problemas, criar força.
O movimento não é ainda uma associação, mas é já uma reunião de pessoas com ideias para debater, porque é a partir daí que podemos alterar as coisas e exigir dos poderes públicos.
Lisboa não dá nada sem bater o pé”, realça este cidadão. Entre os projectos mobilizadores para a região transmontana, o movimento propõe rentabilizar o aeródromo de Bragança, criar uma região transnacional entre Trás-os-Montes e Castela e Leão, aproveitar as mais-valias dos parques naturais e valorizar o património.
Francisco Alves reconhece que já muita gente defendeu estes projectos e desistiu, mas lembra que com persistência tudo se consegue. “Se for só esta aldeia a fazer projectos pequenos, poderá melhorar um bocadinho a aldeia, mas quando nós falamos em projetos de revitalização da economia e de pôr Trás-os-Montes no mapa com as acessibilidades, aí já estamos a falar de algo que tem que mudar. Se Trás-os-Montes está como está, é também culpa dos transmontanos e dos líderes que tivemos. Abílio Beça para trazer o comboio para Bragança no século XIX teve que lutar muito e partir muita pedra e conseguiu”, enfatiza Francisco Alves.
Este movimento quer agora ganhar dimensão, através da Internet. “Isto foi uma homenagem à aldeia e quisemos fazê-lo a partir daqui, mas o movimento, hoje, com a ferramenta informática vai já em 70 pessoas e acho que vai continuar a crescer”, salienta Francisco Alves.
Um movimento cívico para reivindicar o desenvolvimento de Trás-os-Montes e impedir o despovoamento da região.
Escrito por Brigantia
Gostaríamos de ser uma parte deste movimentos. A vossa intenção é muito idêntica à nossa, se unirmos esforços poderemos tentar retroceder a desertificação da nossa linda região. Obrigado pela vossa intenção - António Reis
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