A Nervir tem em curso um barómetro empresarial que regularmente lança questionários aos empresários da região sobre os mais diversos assuntos.
A associação de Vila Real inicia este ano com um balanço da atividade empresarial em 2013 e as perspetivas para 2014.
Ao questionário da Nervir responderam 116 empresas, a maior parte do distrito de Vila Real, mas também de Bragança e de Viseu (Douro Sul).
O presidente da associação, Luís Tão, afirmou hoje à agência Lusa que os resultados do inquérito foram "algo surpreendentes", porque "apesar da crise económica, grande parte das empresas da região aumentou os seus níveis de atividade em 2013".
Cinquenta empresas (43%) viram crescer o seu negócio, enquanto 20 mantiveram a atividade e 40 diminuíram.
O setor que se destaca pela positiva é o agrícola, nomeadamente as empresas de vinho do Douro, seguido do turismo e transportes, enquanto a área da construção foi a mais afetada pela diminuição de atividade.
Foram as empresas de reduzida dimensão as que verificaram maiores aumentos, enquanto as empresas com mais de 50 trabalhadores viram diminuir bastante os seus níveis de atividade.
A maioria das empresas manteve também os níveis de emprego ao longo do ano. O setor da construção caracterizou-se por uma acentuada redução dos níveis de emprego, tendo 57% das empresas apresentado diminuição.
É nas empresas de maior dimensão que a redução dos níveis de emprego é também mais acentuada.
De acordo com o barómetro, os "impostos, os custos de energia e combustíveis e os encargos com a segurança social foram os fatores que mais influenciaram, muito negativamente ou negativamente, os níveis de atividade das empresas".
A expectativa das empresas para 2014 é, apesar da crise económica, relativamente positiva.
"As respostas são surpreendentes porque quase 50% tem uma expectativa de que a atividade da empresa vai aumentar", salientou Luís Tão.
Contrariamente ao "otimismo" revelado pelos empresários, o presidente da Nervir prevê um "ano muito difícil".
É que, segundo referiu, o Orçamento de Estado "aperta a disponibilidade financeira das famílias", o que, na sua opinião, se poderá repercutir no consumo interno, afetando principalmente as micro e pequenas empresas,
Depois, segundo Luis Tão, este será também o "ano zero do novo quadro comunitário de apoio", logo de "restrição no acesso a fundos comunitários", o que poderá afetar algumas empresas.
No que se refere aos postos de trabalho, a grande maioria das empresas aponta para uma manutenção, uma perspetiva que é transversal aos diferentes setores de atividade.
Grande parte das empresas considera relevante (muito importante ou importante) para a sua atividade em 2014 uma aposta na "inovação e diversificação dos produtos" e no reforço da imagem.
in:Porto Canal
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