A reprodução do laço cor-de-rosa, símbolo da luta contra a doença, foi um dos momentos da iniciativa da Associação Académica ""Uma luta, Mil Esperanças", que espera entregar uma cheque de "mil euros" à Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Para mostrar que a vida dos estudantes "não é só festas académicas", a associação decidiu aproveitar todos os eventos desportivos e lúdicos dos últimos dias para angariar donativos e preencher todo o dia de hoje com palestras, debates e testemunhos de quem enfrenta a doença.
A iniciativa, que serviu também para comemorar o Dia Internacional da Mulher, resultou de um desafio foi lançado por uma aluna à Associação Académica, como contou à Lusa o presidente, Ricardo Pinto, e foi "de imediato aceite", sobretudo depois de confrontados com os números.
"Saber que 485 mil pessoas morrem por ano de cancro da mama é um número assustador para a nossa geração", observou o presidente da Associação Académica, que aproveitou iniciativas como torneios de futebol e voleibol para angariar fundos e organizou dois bingos solidários em dois bares da cidade.
Uma largada de balões marcou também o encerramento da iniciativa, que ao longo do dia de hoje teve a colaboração e presença de responsáveis de instituições ligadas à problemática, nomeadamente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
O coordenador nacional das unidades de psico-oncologia da Liga, Renato Martins, foi um dos presentes e deixou a novidade: o núcleo de apoio criado em Bragança, há cerca de um ano, cresceu e passou a delegação.
Os doentes desta região passam a contar com todas as valências de apoio da Liga, desde o Movimento Vencer e Viver, à psico-oncologia, voluntariado comunitário, peditório e serviço social.
O coordenador nacional notou que o isolamento de Bragança agrava as carências sociais, nomeadamente a nível dos transportes, já que os doentes são obrigados a longas deslocações, sobretudo ao Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.
"As vias estão melhores, mas o custo da deslocação continua o mesmo. O problema do custo associado ao problema da crise faz com que de facto existam muitos pedidos de doentes oncológicos, não só para ajudar no transporte, mas também para ficarem alojados nas nossas instalações, no Porto, enquanto fazem os tratamentos de quimioterapia e radioterapia", contou.
Desde que se instalou em Bragança, há cerca de um ano, o Movimento Vencer e Viver já atendeu 60 mulheres, de acordo com dados avançados pela responsável Ivone Amado.
HFI // MSP
Lusa/fim
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