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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Aldeia de São Julião de Palácios

Sita junto à orla fronteiriça e oriental deste concelho brigantino, a freguesia em apreço ocupa uma razoável área, distando uma dezena e meia de quilómetros da cidade de Bragança, tomando a direcção a Nascente. Cumprindo o papel de principal ligação viária a capital concelhia, estão as E.N. 218 (até Gimonde) e 308.
O território de S. Julião de Palácios, de orografia planáltica e não muito acidentado na respectiva topografia, elevar-se-á a uma altitude média rondando os seiscentos metros (e atingindo de cota máxima, na metade leste, os 821 metros). O Rio Maçãs traça-lhe os limites orientais, fronteiriços com a vizinha Espanha, enquanto um seu pequeno afluente da margem direita aqui encontra suas origens, entre as povoações de Palácios de S. Julião. O topónimo principal desta freguesia junta assim dois diferentes lugares, um conhecido pelo hagiotopónimo comprovativo de remoto culto possivelmente pré-nacional – S. Julião, e outro de plausivel interesse arqueológico – Palácios, na medida em que derivará etimológicamente da latim “palatium”, significado “residência senhorial” (e podendo reportar-se, neste caso particular, a qualquer estrutura habitacional notabiliza tardoromana ou alti-medieval).
Mais remotos ainda serão os vestígios arqueológicos de ocupação proto-histórica, nos dois assentamentos castrejos aqui arregimentados, em primeira mão, pelo incontornável Abade de Baçal – os Castros de S. Julião e de Caravela. Estes dois lugares, mais o de Palácios, constituem os principais agregados populacionais da freguesia, contando presentemente umas 350 almas. É curioso constatar que a actual instituição paroquial, com o seu orago S. Bartolomeu, já se documenta pelo menos a partir de 1291, nas “Inquirições” de D. Dinis. Por esta altura era designada “Sam Bartolomeu de Sam Joyam”, sendo aquele último hagiotopónimo (também expresso popularmente por “ S. Gião” e, já por influência erudita, “S. Julião”) de grande ancianidade, como frisamos já.
Implantada em posição baixa, numa prega do terreno, a aldeia de S. Julião de Palácios surge rodeada de viçosos campos agrícolas, pontuados aqui e ali de alguns vinhedos. Rodeando o casario e ligeiramente afastados deste, surgem uns três ou quatro exemplares dos característicos pombais da região, quais pacíficas sentinelas de pedra e argamassa.
Ao centro, destacando-se em altura mercê do típico campanário de agudo remate, levanta se a Igreja Matriz, espaçoso templo de alargada frontaria, a deixar adivinhar o interior dividido em três naves por duas filas de colunas. Esta Igreja Matriz coexiste, no mesmo lugar principal, com dois pequenos templetes, dedicados a S. Sebastião (de elegante traça talvez já oitocentista) e Santa Cruz. Esta última estrutura, de aspecto vulgar e traindo um recente restauro (a nível de cobertura, sineira e reboco) mostra a data de 1850 gravada na frontaria. Porém, lateralmente, surge uma outra inscrição, que nos pareceu respeitante ao ano de 1579. Outras duas capelas, de modestas dimensões e traça, subsistem ainda nos lugares de Caravela e Palácios, respectivamente.
Tradições
Nesta freguesia existem várias festas e romarias que alegram as gentes da terra.
No dia 26 de Dezembro, celebra-se a festa dos Rapazes. Conforme a tradição, os rapazes percorrem a povoação mascarados, vestidos de fatos felpudos de variadas cores, soltando gritos ao som da gaita de foles.

in:cm-braganca.pt

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