Realidade essa que não é confirmada pelos canis intermunicipais do distrito de Bragança.
Recordo que em julho deste ano foi aprovada em assembleia da República a criminalização dos maus tratos sobre animais domésticos, que prevê desde multa de 120 dias até dois anos de prisão, se do maltrato resultar a morte do animal.
O secretário-geral da Associação de Municípios da Terra Quente, responsável pelo canil que abrange Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães e Vila Flor, não confirma que o abandono de animais se concentre no verão.
Em 2013,por exemplo, o mês com mais registos de recolhas foi Fevereiro, contrariando a tendência nacional.
Manuel Miranda acrescenta que os números de animais recolhidos tem até diminuído. Facto esse que pode ter a ver, na opinião do secretário-geral, com o esforço dos municípios para que os números estabilizem.
Quanto à nova lei, considera que pode ser uma mais-valia para o combate aos maus-tratos sobre animais domésticos, mas que numa área de baixa densidade populacional o impacto é menor.
José Vara, do Canil Intermunicipal de Vimioso, Mogadouro, Miranda do Douro e Bragança confirma estes dados.
O administrador afirma que o número de animais a vaguear pelas ruas aumenta no fim da época de caça.
Por Macedo de Cavaleiros, o repórter Rui Costa foi para a rua. As pessoas da cidade acham, no entanto, que o número de animais domésticos que deambulam pelas ruas tem vindo a aumentar.
No passado ano de 2013 foram recolhidos 870 animais, sobretudo cães, na Terra Quente. A este número acrescem quase mais 300, que foram entregues aos municípios por falta de condições para os manter.
Na Terra Fria, por ano, cerca de 500 animais acabam no canil.
Alguns destes animais acabam por conhecer melhor sorte. Na Terra Quente 12% são adoptados. Na Terra Fria 35% encontram uma família.
Escrito por ONDA LIVRE
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