A fase de inquérito do processo Carta Branca decorreu no Porto, mas o julgamento deverá acontecer em Bragança.
O megaprocesso Carta Branca, que envolve escolas de condução de Bragança e Mirandela suspeitas de vender cartas de forma ilícita, poderá vir a sofrer um impasse.
Segundo o Jornal de Notícias, o facto de o julgamento decorrer no Tribunal de Bragança está a dificultar a nomeação de advogados por parte dos 155 arguidos.
A fase de inquérito esteve centralizada na Comarca do Porto e foi ali que os arguidos procuraram defensores. Mas a distância que separa a Invicta da cidade transmontana está a fazer com que alguns causídicos abandonem o processo.
Três já o fizeram, informa o Jornal de Notícias, e estima-se que mais lhes sigam a passada, incluindo os nomeados pela Ordem dos Advogados para defender aqueles que beneficiam de apoio judiciário.
Na origem das recusas estão os custos das deslocações de mais de 200 quilómetros, três vezes por semana. Estas despesas não são cobertas pelo Estado, que paga simplesmente honorários por cada sessão de julgamento.
Acresce, contudo, um problema: em Bragança não há advogados suficientes para defender tantos arguidos, pelo que terá de se recorrer a cidades limítrofes.
Para minimizar os danos, alguns causídicos estão a juntar-se em grupo de forma a dividir as despesas de deslocação, não abandonando o processo.
Notícias ao Minuto
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