Eu e o César - Ponte de Castrelos |
A prática do campismo selvagem tinha sempre uns dias reservados nas nossas férias escolares, nomeadamente nas férias da Páscoa (as árvores sem folhas) onde era raríssimo aparecerem “vizinhos” de tenda.
O Rio Baceiro, perto da localidade de Castrelos era um dos locais privilegiados para acamparmos. Neste acampamento éramos três. Eu o Jaime e o César.
Tínhamos estratagemas para nunca passar fome, mas tenho de admitir que quando, aos Domingos, aparecia a D.ª Alice (mãe do Jaime), com uma “bruta panelada” de feijoada que dava para 3 dias, ficávamos mais radiantes do que se tivéssemos acertado no totobola.
As canas de pesca seguiam connosco mas os peixes não iam com as nossas iscas.
A nossa tenda era feita com panos sobrantes de tendas da tropa que, unidos com cordas, proporcionavam o conforto necessário para umas curtas horas de descanso. A porta da tenda era uma manta.
Mais tarde o Jaime conseguiu uma canadiana de dois lugares, das modernas, que, basicamente, nos servia de arrecadação e despensa.
Após descer da Carreira do Cabanelas |
Dois dias por semana, na parte de tarde, lá íamos para o 30 (quartel militar que funcionava onde são agora instalações do Município de Bragança). Fardados a rigor com a “eterna” G3 ao ombro, aprendíamos a marchar.
O Mário da Sarzeda, (arrocho como carinhosamente lhe chamávamos), nunca teve botas da tropa, era o único.
Dizia ele, bonacheirão e com a ironia que o caracterizava, que ainda não tinha chegado o comboio especial que lhe trazia as botas. Não era fácil, as forças armadas terem botas do n.º 52 disponíveis.
Mas a PSP deveria ter, já que foi essa a carreira que ele posteriormente abraçou.
Dizia ele, bonacheirão e com a ironia que o caracterizava, que ainda não tinha chegado o comboio especial que lhe trazia as botas. Não era fácil, as forças armadas terem botas do n.º 52 disponíveis.
Mas a PSP deveria ter, já que foi essa a carreira que ele posteriormente abraçou.
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