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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 25 de abril de 2015

Dos Acampamentos à Milícia

Eu e o César - Ponte de Castrelos
O contacto com a natureza, o ar livre e o desporto fizeram parte integrante da nossa juventude e adolescência.
A prática do campismo selvagem tinha sempre uns dias reservados nas nossas férias escolares, nomeadamente nas férias da Páscoa (as árvores sem folhas) onde era raríssimo aparecerem “vizinhos” de tenda.
O Rio Baceiro, perto da localidade de Castrelos era um dos locais privilegiados para acamparmos. Neste acampamento éramos três. Eu o Jaime e o César.
Tínhamos estratagemas para nunca passar fome, mas tenho de admitir que quando, aos Domingos, aparecia a D.ª Alice (mãe do Jaime), com uma “bruta panelada” de feijoada que dava para 3 dias, ficávamos mais radiantes do que se tivéssemos acertado no totobola. 
As canas de pesca seguiam connosco mas os peixes não iam com as nossas iscas.
A nossa tenda era feita com panos sobrantes de tendas da tropa que, unidos com cordas, proporcionavam o conforto necessário para umas curtas horas de descanso. A porta da tenda era uma manta. 
Mais tarde o Jaime conseguiu uma canadiana de dois lugares, das modernas, que, basicamente, nos servia de arrecadação e despensa.
Após descer da Carreira do Cabanelas

Eram também os tempos da Milícia onde se preparavam os estudantes para um possível futuro que passasse pela carreira militar. 
Dois dias por semana, na parte de tarde, lá íamos para o 30 (quartel militar que funcionava onde são agora instalações do Município de Bragança). Fardados a rigor com a “eterna” G3 ao ombro, aprendíamos a marchar. 
O Mário da Sarzeda, (arrocho como carinhosamente lhe chamávamos), nunca teve botas da tropa, era o único. 
Dizia ele, bonacheirão e com a ironia que o caracterizava, que ainda não tinha chegado o comboio especial que lhe trazia as botas. Não era fácil, as forças armadas terem botas do n.º 52 disponíveis. 
Mas a PSP deveria ter, já que foi essa a carreira que ele posteriormente abraçou. 
Mais um a dignificar as nossas honestas e esforçadas gentes Bragançanas nas grandes urbes.






HM

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