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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Os Partidos Políticos - Memórias de Abril em Bragança

Os partidos políticos começavam a organizar as suas estruturas locais. Os dois maiores partidos, o PS e o PPD, açambarcavam as filiações. Eu filiei-me repentinamente no Partido Socialista, “sol de pouca dura” o meu lugar não era em partidos políticos. O Pai de um dos meus colegas, tinha uma banca de fruta no mercado (na praça), que era ali mesmo ao lado da sede do PPD. O filho filiou-se no PPD e dava um quilo de laranjas a quem se fosse filiar. Era grande a movimentação no interior dos partidos. Havia quem se filiasse, impulsivamente, num partido às 11 horas da manhã e, ao fim do dia já tivesse rasgado a ficha de inscrição.
Uma tarde, tomámos de assalto uma casa que estava devoluta, onde em tempos tinha sido a JOC (Juventude Operária Católica) e onde mais tarde passou a ser e foi durante muitos anos a sede do Partido Socialista.
Um dos objectivos, era num dos pisos instalar um infantário para os filhos dos trabalhadores. Tudo em nome dos trabalhadores. Não entendo muito bem, em nome de quem ou de quê, é que fizemos uma enorme fogueira no meio da rua onde queimámos livros, documentos e outros objectos que, provavelmente hoje teriam um valor inestimável.

A polícia tentava controlar as hostes, mas nada podia fazer contra a força da multidão.
Nessa noite, já dormimos na casa nova e autorizámos visitas ao interior de algumas autoridades como o comandante da polícia a quem obrigamos a entrar desarmado. Todos os visitantes eram devidamente acompanhados pelos piquetes que prontamente organizámos. No dia seguinte começou a limpeza do local.
Pouco tempo depois, na mesa de uma assembleia-geral da Juventude Socialista à qual presidíamos, eu e o Jaime demitimo-nos. Afinal não era aquilo que queríamos. Era tempo de estruturarmos em Bragança o MRPP.
Uma vintena de jovens reuniu durante a noite e à luz de uma vela, nos baixos da Igreja de Santa Clara, onde tinha sido antigamente a sede dos escuteiros. Estava fundada a estrutura de Bragança do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado.
...mas não foi por muito tempo...era preciso deixar o lugar ao Presidente da Comissão Europeia e...a outros :-)

HM

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