À semelhança do Mata Porco, também já são raras as pessoas que cozem, em casa, o seu próprio pão. Às nossas aldeias chega diariamente uma frota de carrinhas que tudo vende. Carne, peixe, fruta, pão...legumes, tudo e fresco.
Mas para memória futura, aqui fica o ciclo de uma fornada de pão caseiro que a minha sogra ainda faz, quando lhe dá na real gana.
Primeiro limpa-se a masseira onde o pão vai repousar. Na farinha abre-se um buraco onde se vai deitando aos poucos a água, mexendo e envolvendo ambas com uma pá de madeira juntando-se o fermento. Depois de amassada, termina-se fazendo uma cruz desenhada com um dedo ou com a pá. Em seguida fica a levedar num canto da masseira, durante cerca de duas horas.
Aquece-se o forno, com lenha de pinheiro ou giestas, e as brasas são espalhadas no interior do forno para manter uma temperatura igual, usando-se uma vara comprida (ranhadouro).
Aquecido o forno e já com a massa levedada, varre-se o forno com uma vassoura de giesta. Depois passa-se para a massa, da qual é retirada uma porção que se coloca numa pá de madeira e sobre a qual se faz uma cruz e deita-se um pouco de sal. Ao colocar o pão dentro do forno diz-se a seguinte oração:
Deus te acrescente dentro de forno, E fora do forno. E a quem te comer.
A porta do forno é fechada, aguardando-se o tempo necessário até o pão cozer.
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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quinta-feira, 30 de abril de 2015
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