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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Memórias Orais - Francisco Frade

As minhas memórias de menino são aqui em Freixo de Espada à Cinta na instrução primária com colegas meus que andavam descalços que é uma coisa impressionante, eu hoje falo aos meus filhos nisso e eles ficam impressionados, dizem que não pode ser...”
Francisco Frade é oficial do exército. Há mais de vinte anos que pediu a reforma da vida militar, da folia da capital e da disciplina profissional que lhe eram exigidas. A liberdade sempre esteve na sua terra, onde voltava nas férias. A liberdade de voltar a ser menino, aquele que saiu novo para cumprir o privilégio de poder estudar fora.
As lembranças de Freixo levava-as sempre para ajudar a contar os dias para o regresso para junto da família e amigos, e para a vida longe dos “galões” : “As brincadeiras em Freixo eram ir até ao rio, tomar banho, jogar à bola, conversar com os amigos, andar de burro que também era uma festa, ir numa burricada pró rio e vários se juntavam com burros”.
Dos tempos de criança lembra as dificuldades dos dias de muitos dos seus colegas, “iam para a escola descalços em dias de geada, com os pés na geada era uma coisa impressionante”. Brincou com muitos deles ao eixo e com a bola de farrapos, com carrinhos de lata e ao peão, “a vida era muito diferente, agora é muito fácil, há internet, telemóvel”. Os tempos já não são como quando havia uma só grafonola na vila, à corda. “Era a grafonola do barbeiro e no verão pedia-se emprestada para os bailaricos”.
Os tempos de menino já estão longe. Os regressos à terra já não são ansiosos. Há quase 20 anos que voltou de vez a Freixo. Muita coisa mudou. Algumas mudanças acompanhou-as de perto, mas por cá continua a sentir-se como “peixe na água”.

(abril de 2015)
Texto: Joana Vargas



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