Os cerca de 300 estudantes africanos que actualmente residem em Bragança e estudam no Instituto Politécnico da cidade tiveram uma semana dedicada a eles, com várias actividades. A música, a dança e a gastronomia africanas estiveram em destaque, sem esquecer o desporto e conferências dedicadas à cultura deste continente.
A iniciativa, que se tem repetido nos últimos anos, é organizada pela Associação de Estudantes Africanos em Bragança, que além desta cidade promove também a integração dos alunos africanos do IPB, que estudam em Mirandela.
De quarta a Domingo, os estudantes estiveram particularmente unidos, quer durante o dia, quer à noite, com festas em bares e discotecas da cidade. Ao final da tarde sexta-feira, os estudantes prepararam práticos africanos para um lanche gastronómico, destacando-se a cachupa, prato cabo-verdiano. Ainda que, no dia-a-dia tentem cozinhar pratos típicos de cada país, os estudantes africanos confessam que se vão rendendo cada vez mais à gastronomia portuguesa, até pela dificuldade em encontrar alguns ingredientes.
O estudante Laurindo Chambula Ladeira, de 24 anos, é natural de Angola e está há um ano e meio em Bragança. O jovem refere que a integração foi fácil.“Nunca tinha vivido em Portugal mas acho que não poderia viver em melhor lugar, do que em Bragança. Sinto-me muito bem aqui. Tenho recomendado a cidade aos meus colegas”
Já Patrícia Rodrigues, 19 anos, veio de Cabo Verde.“Vim há 8 meses e estou a gostar de estar cá. A escola é boa e os professores são bons. É uma cidade calma, dá para estudar calmamente mas também gostamos de sair à noite, o que, em Bragança , é bastante divertido” , considera.
Também de Cabo Verde vieram Pedro Lopes e Stéphanie Neves. "Tenho muitos amigos aqui, que já estão cá há alguns anos, por isso, para mim, a integração foi fácil. O que é um gosto mais é da noite, já que sou DJ. Em termos de diversão, é semelhante à da Ilha do Sal mas aqui é muito mais económico sair à noite, do que lá", referiu o jovem de 22 anos. E Stéphanie enumera algumas das diferenças entre Bragança e Cabo Verde. "Aqui é tudo diferente: o clima, as festas… Temos que ter algum cuidado porque, por vezes os vizinhos chamam a polícia, por causa do barulho. Em Cabo Verde, desde que não haja guerra, a festa vai até ao fim”, contou a estudante de 19 anos ao Jornal Nordeste.
in:jornalnordeste.com
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