O Clube de Monteiros do Norte (CMN) entregou, no passado dia 25 de Junho, os Prémios CMN 2016 no Hotel & Spa em Alfândega da Fé.
A adesão foi grande. Mais de 200 pessoas, entre associados, familiares e ainda mais de 20 entidades do sector, marcaram presença na cerimónia mais importante do CMN.
O CMN pretende com a atribuição destes prémios distinguir anualmente, um Monteiro, pelo seu comportamento ético, pela sua postura e pela sua actividade na defesa e promoção da caça maior e conservação da vida selvagem. Uma Zona de Caça, pela qualidade da sua gestão cinegética da caça maior reflectida na relação de número de postos de caça/quantidade/qualidade dos seus efectivos populacionais e troféus cobrados. Uma Matilha de Caça Maior pela bravura, empenho e dedicação no montear, assim como pela apresentação e trato do matilheiro e zelo no tratamento dos seus cães.
Para além dos prémios Monteiro do Ano, Mancha do Ano e Matilha do Ano eleitos por votação dos sócios, o CMN instituiu recentemente um novo prémio, designado “Mérito CMN” da responsabilidade da direcção, que foi atribuído pela primeira vez este ano, destinado a distinguir uma personalidade ou entidade pelo seu relevante contributo para a promoção e desenvolvimento da caça, da caça maior em particular e da conservação da vida selvagem.
O prémio Mérito CMN foi entregue a Rogério Rodrigues, ex-director do departamento de Conservação da Natureza e Floresta do Norte (ICNF) e actual adjunto do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, que se mostrou surpreendido com a distinção mas referiu que “o sector da caça precisa de momentos como estes, momentos de alegria e afirmação para que a sociedade perceba o verdadeiro papel do caça e dos caçadores no mundo rural. Que perceba também o bom papel que o gestordestes territórios para efeitos da gestão cinegética exerce em várias perspectivas e não apenas no da caça”.
O Monteiro do Ano eleito foi Ivo Lemos que considera esta distinção um motivo de vaidade. “Para quem vai a montarias este é um reconhecimento dos pares de que há nesta pessoa, pelo menos, algum exemplo e isso é sempre bom”.
A Mancha do Ano é a de Fornos e Lagoaça em Freixo de Espada à Cinta. O representante da Associação de Caça e Pesca de Lagoaça, Pedro Lapo, disse que “esta distinção foi merecida pois trabalhamos muito para este resultado”. O prémio Matilha do Ano foi entregue à Matilha Flor do Monte de João Rodrigues que ficou muito satisfeito com a distinção e afirmou que “é uma motivação para trabalhar ainda mais e apresentar melhores resultados a quem me atribuiu este prémio”.
Para o presidente do CMN, Nelson Cadavez, estes prémios são “por um lado o reconhecimento do mérito, do trabalho, da dedicação como forma de homenagear e motivar personalidades ou entidades envolvidas no progresso da caça e conservação da vida selvagem, por outro lado o prestígio alcançado por estes prémios reforça ainda mais o compromisso do CMN enquanto organização do setor da caça como exemplo de responsabilidade cultural, social e ambiental”.
Nelson Cadavez disse ainda aos jornalistas que o CMN está a planear uma série de actividades para cativar crianças e jovens. “Estamos a trabalhar no sentido de chegarmos ao público mais jovem por via de ações de sensibilização e formação sobre as matérias de conservação da vida selvagem, sobre os benefícios que resultam da actividade venatória que é um instrumento fundamental de regulação e conservação da fauna selvagem. Nós temos obrigação de transmitir à sociedade em geral, e aos jovens em particular, de que esta é uma responsabilidade que todos temos”.
A Cerimónia Anual de Entrega de Prémios do CMN tem vindo a afirmar-se como um dos momentos altos da actividade social do Clube envolvendo cada vez mais os associados e respectivas famílias. Pela primeira vez, o CMN, no âmbito desta cerimónia, abraçou uma causa humanitária, apoiando a HELPO.
Uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento, sem fins lucrativos, que leva a cabo programas de apoio continuados, projectos de assistência, ajuda humanitária, desenvolvimento comunitário, educação para o desenvolvimento e desenvolvimento humano em múltiplos países, nomeadamente Moçambique.
Os monteiros e as respectivas famílias mostraram-se solidários e desta campanha resultaram várias doações de material escolar, chinelos e brinquedos e ainda foram apadrinhadas várias crianças, o que vai permitir que frequentem a escola e lhes sejam asseguradas refeições.
in:noticiasdonordeste.pt
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