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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Interior visto pelo Governo como “uma zona de oportunidade”

Ministro-Adjunto, Eduardo Cabrita, e Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor apresentam em Trás-os-Montes o Programa Nacional para a Coesão Territorial.
Incentivos à fixação de médicos no interior com estímulos ao desenvolvimento das carreiras de mil euros a mais para cada profissional que se decida fixar três anos no interior, envolver os municípios na gestão das áreas protegidas, a abertura dos tribunais e 12,5 por cento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas para empresas que se fixem no interior são, apenas, algumas das medidas de um total de 164 a entrarem em vigor já a partir do dia 1 de janeiro. Quem o garante é o ministro-adjunto, que acompanhado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, apresentou em Trás-os-Montes o Programa Nacional para a Coesão Territorial.

Foi na semana passada que, em visita oficial, os dois membros do Governo se deslocaram, no âmbito da iniciativa “Montesinho, Serra de Investigação e do Conhecimento”, a Vinhais e, já da parte da tarde, ao Pólo de Mirandela do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Mas foi na capital do nordeste que, à margem da iniciativa solidária “Abraço ao IPB”, os dois representantes do Governo falaram à comunicação social.

“O Programa Nacional de Coesão Territorial e a valorização do território é uma das prioridades do Governo. Nós olhamos para o interior não com uma visão fatalista ou existencialista. Nós olhamos para o interior como uma zona de oportunidade e a região de Bragança está muito perto do grande mercado espanhol e é a zona do país melhor ligada à Europa, a que mais perto está dos grandes mercados europeus”, começou por declarar o ministro-adjunto.

As 164 medidas do Programa Nacional para a Coesão Territorial visam lançar uma nova etapa para o desenvolvimento dos territórios do interior, contrariando a tendência de desertificação dos últimos anos.

“O Programa Nacional de Coesão Territorial que tem medidas em todas as áreas é um programa que une todo o Governo. Nós quisemos em Trás-os-Montes destacar o papel da ciência, do ensino superior e do conhecimento como fatores de mudança, de competitividade e de coesão social”, referiu Eduardo Cabrita, dando o exemplo do IPB e de “como no interior é possível ter uma instituição de ensino superior de excelência, que se distingue pela capacidade de atrair estudantes estrangeiros”. A primeira teve lugar em Beja, no dia 5 de dezembro,.  

Quanto ao balanço das sessões de apresentação do programa, que têm corrido algumas cidades do interior como Beja, a 5 de dezembro, com a presença do Ministro da Saúde, e a segunda na Covilhã, com o Ministro do Ambiente, e, agora, Mirandela, o ministro adjunto é perentório em afirmar que “têm corrido muito bem”, pois “provam que este programa não é um diagnóstico, não é só mais um estudo, é um programa que coordenado pela professora Helena Freitas integra 164 medidas concretas que nós estamos a aplicar, medidas em todas as áreas”.

“Incentivos à fixação de médicos no interior, são estímulos ao desenvolvimento das carreiras e são cerca de mil euros a mais para cada médico que se decida fixar três anos no interior e quanto às áreas protegidas como fatores de desenvolvimento, decidimos envolver os municípios na gestão destas mesmas áreas”, garantiu o membro do Governo.  

Outra das medidas tem como foco o motor de desenvolvimento que são as empresas para o interior e o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC). “Os 12,5 por cento de IRC para empresas que se fixem no interior entrarão em vigor já no dia 1 de janeiro”, sublinhando, também, que “no início de janeiro, mais de quatro dezenas de tribunais em todo o país, sobretudo, no interior, vão ser ou reabertos ou verem aumentadas as suas competências”.

De cariz transversal, as medidas estão calendarizadas e têm em vista a atração e fixação de pessoas em regiões como Trás-os-Montes, o estímulo à atividade económica e ao emprego, a cooperação transfronteiriça e o intercâmbio de conhecimento, potenciando novas estratégias de valorização de recursos e maior competitividade.

Segundo Eduardo Cabrita, estas são “iniciativas concretas em praticamente todas as áreas de Governo e há, sobretudo, uma forma de olhar para o interior como espaço de oportunidade e de competitividade”, destacando que este programa “tem esta diferença: é um projeto de iniciativas concretas que já estão a ser concretizadas”, sendo que, de seis em seis meses, a execução das medidas será avaliada em Conselho de Ministros.

A seu lado, também o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, deu o exemplo do IPB quando disse que “o que nos traz aqui é fazer de qualquer região uma região com mais conhecimento, com mais capacidade de atrair pessoas”, frisando o facto de que são 1600 estudantes estrangeiros vindos de mais de 50 países de todo o mundo.

Depois do Centro de Interpretação do Parque Natural de Montesinho em Vinhais e de uma breve passagem por Bragança, pelas 14 horas, seguiu-se a cidade de Mirandela para a terceira sessão de apresentação do Programa Nacional de Coesão Territorial, onde os dois elementos do Governo chegaram antes das 17 horas.

As boas vindas estiveram a cargo do presidente da Câmara Municipal de Mirandela, António Branco, a quem sucedeu a deputada socialista e coordenadora da Unidade de Missão para a valorização do Interior, Helena Freitas, e uma das principais responsáveis pelo Programa Nacional para a Coesão Territorial. Depois, interveio o ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, abrindo espaço para o debate moderado pelo diretor do jornal Mensageiro de Bragança, António Rodrigues. A sessão encerrou por volta das 19 horas com o discurso do ministro-adjunto, Eduardo Cabrita.

Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com

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