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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Matos, Miranda, Gonçalves (João Lourenço de), (Manuel de) e (Agostinho)

Mestres canteiros assistentes em Bragança, arremataram em 1770 a obra da capela-mor da igreja da Figueira, freguesia de Travanca, concelho do Mogadouro. Segundo as condições da arrematação, a capela-mor teria «de comprimento, vinte e coatro palmos, e de largura, dezaseis palmos, com dois cunhais de cantaria com soco e vara e capitel na ordem toscana e terão os cunhais de face ou paramento dois palmos e meio, apilarados e levantarão altura da mesma igreja, com seu friso por cima lizo que terá de alto palmo e meio coarto de palmo, e com a cornija de papo de rola com seu filete no leito e outro no meio correrá tanto o frizo, como a cornija lados e impena das costas da cala (sic, capela?) mór com duas piramides e hûa cruz de coatro palmos de alto com pedestal bem feito como tambem as piramides feitas ó moderno e altura da obra a correspondencia da igreja.
Levará hûa fresta de cinco palmos de alto e de largo dois palmos com dois varais de ferro, com coatro travessas apilaradas por dentro e por fora, hûa porta para a sacristia apilarada só da parte da capela mór, lagiada de cantaria, hû degrau no arco cruzeiro e outro nos previsorios, que tope de parede a parede e outro que sirva de taburno do comprimento do altar e se desfará o arco cruzeiro e se fará de novo... com doze palmos de vão de largo e de alto o que pedir a mesma obra. Grossuras de paredes tres palmos e meio assentes em barro rajado e guarnecido por dentro e por fora com areia e cal. Declaro que o arco cruzeiro levará varas e capiteis na forma da mais obra e levará hûa fiada de tinta preta ou amarella de tres palmos de alto com algum feitio e adorno......» Nos apontamentos da madeira declara-se que a capela-mor seria «forrada de escama de peixe».
Pelo mesmo tempo se forrou a capela-mor da igreja paroquial dos Avantos concelho de Mirandela, e também nas condições a que devia obedecer a obra de madeira, se declara que seria forrada de «escama de peixe».
A obra da capela-mor da igreja da Figueira estava concluída em Abril de 1772, segundo se vê por uma certidão do abade de Travanca, reverendo Manuel Afonso Freire. As condições a que devia obedecer a obra foram apontadas por João Lourenço de Matos, «mestre da Sé».

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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