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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

CNA exige ao governo indeminizações por prejuízos causados por javalis e veados

 A confederação defende que é preciso haver mais controlo das espécies e considera que "se as zonas de caça associativa não assumem as suas responsabilidades para o pagamento das indemnizações, o Estado tem que intervir"


A CNA (Confederação Nacional de Agricultores) reclama ao Governo o pagamento de prejuízos causados aos agricultores pelo javali, veado e corças. Ainda no mês de agosto, a Rádio Brigantia, noticiou a destruição de centenas de castanheiros pelo veado no concelho de Bragança. Isménio Oliveira, da direção da CNA, critica a falta de apoios do Ministério da Agricultura.

“Nada tem sido feito pelos sucessivos governos. As zonas de caça associativa, que são responsáveis pelo pagamento dos prejuízos, dizem que não têm dinheiro, não pagam e ficam os agricultores com os prejuízos no seu dia a dia. Portanto, se as zonas de caça associativa não assumem as suas responsabilidades para o pagamento das indemnizações, o Estado tem que intervir ou obrigá-las a pagar ou o Estado responsabilizar-se”, referiu.

A confederação defende que é preciso haver mais controlo das espécies, porque considera que as associações de caça não estão a dar conta do recado.

“Os caçadores dizem que resolvem, sozinhos, o problema, não é verdade.  Até agora apenas houve uma redução de 10% anualmente nestes animais, quando neste momento teria que haver uma redução entre 60% a 70%. Isto não pode continuar assim, o governo tem que criar mecanismos legais em que os agricultores sejam ressarcidos e haja um controle de densidade efetivo para resolver o problema. Tinha que se generalizar a caça. Os caçadores, no geral, deviam poder caçar javalis. Não era só as donas de caça associativa”, vincou.

Além do controlo das espécies, a CNA entende que deviam ser criadas condições para a comercialização da carne de caça grossa. A confederação reuniu com o ICNF e o Governo e reclamou apoios. Foi-lhe dito que será feito um estudo para se ficar a saber a densidade populacional de javalis. Isménio Oliveira critica a investigação que foi feita em anos anterior e diz que de nada valem se não forem tomadas medidas.

“Agora vai fazer-se mais um novo estudo pela Universidade de Aveiro. Os estudos são importantes, mas não resolvem o problema. Portanto para além dos estudos tem que haver uma intervenção prática. Houve um estudo há cinco anos e nada se fez além disso. O estudo diz que há entre 150 mil a 400 mil javalis, uma média de 280 mil, portanto como é que pode haver uma disparidade tão grande entre o mínimo e o máximo? O estudo só foi feito em 18 zonas-pilotos. Há distritos onde o estudo nem sequer se fez. Concreto e objetivo, não há medidas nenhumas”, rematou

Em Bragança, apenas a zona de caça da Lombada é gerida pelo ICNF, ou seja, os agricultores afetados nesta área são ressarcidos pelo Governo, ainda que considerem que o apoio é manifestamente insuficiente. No restante concelho, a caça é gerida por associações de caça. Quando há prejuízos, estas entidades dizem não ter condições financeiras para suportar estes estragos.

Escrito por Brigantia 
Jornalista: Ângela Pais

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