Uma das participantes foi Cândida Ventura, que enquanto pintava uma paisagem, com esta técnica explicou que a experiência vale a pena, uma vez que sempre gostou desta área:
“Eu já há muito tempo que queria experimentar esta técnica de pastel a óleo, e foi a oportunidade para que tive e estou a adorar. Estou a fazer um céu, e depois vai ter um campo de colza florido. Já os ensinamentos, passaram em como eu devo espalhar o pastel e fazer as nuances do sombreado e fazer toda a composição das nuvens. A pintura sempre foi um fascínio para mim. Eu costumo fazer desenhos realistas a lápis de grafite e esta é uma nova técnica que estou a gostar muito de aprender”.
Costuma usar a técnica de grafite e já tem algumas obras expostas em sua casa.
Outra participante foi Susana Fernandes, também veio pela experiência diferente:
“Vim pela experiência, porque nunca fiz. Gosto muito das artes, em geral. Em particular, o pastel a óleo, eu nunca tinha trabalhado também. Já experimentei acrílico e aguarela, e vim pela experiência, pela novidade e por participar nestas iniciativas que são boas para todos nós. Já tinha aqui um sombreado de um vaso, com flores. O pintor esteve aqui a explicar como fazer. Como espalhar o pastel sobre o papel. E depois, como fazer a técnica com os dedos, que é essa a magia de fazer acontecer. O gosto pela pintura nasceu da necessidade de sair um pouco fora da caixa. E ficar num mundo à parte, só nosso. Para mim, é bocado terapêutico, porque acaba por nos transportar para um mundo imaginário. Sempre gostei muito da mistura de cores. Faz-me imaginar muitas coisas e ficar bem disposta. Não tenho pintado nada, porque não tenho tido muita disponibilidade horária, mas todos os dias, ao me deitar, digo, hoje foi mais um dia que não fui capaz de pintar. Mas aproveitei hoje, larguei tudo o que tinha para fazer para poder estar aqui.”
Já José Luís Canelha, explica quais as principais técnicas a usar. A primeira está relacionada com a escolha do papel, que tem que ser um papel picado, para o pastel aderir, fazer sempre o esboço do desenho e ainda usar um fixador:
“O papel poderá ser canson, mas há outras marcas, tem de ser picado, porque tem de ter uma textura, para o pastel aderir. Faz-se sempre um esboço a lápis, porque o importante na pintura é o desenho. Faz-se o esboço, muito bem e depois é que se coloca o pastel. É preciso trabalha-lo. O pastel é a matéria que “mais pinta com o pintor”. O pastel pinta-se com a mão e tem de aquecer com os dedos para espalhar bem, e para a textura ficar bonita. É muito interessante. No fim do dia, arruma-se no cantinho de uma mesa, e é só lavar as mãos, e depois quando se quiser, começa-se outra vez a pintar. Enquanto, que a óleo ou o acrílico tem de haver um seguimento. É o mais interessante para quem não tem um grande atelier, para pintar assim em casa. Também se usa um fixador que retém as partículas do pastel, que é para depois poder colocar outra cor por cima.”
Sérgio Borges, o presidente da junta de Freguesia de Macedo de Cavaleiros, destaca que o objetivo é mostrar os artistas locais:
“Dentro da nossa linha, em relação à cultura, tivemos aqui foi mais um artista local. José Luís Canelha, ele teve aqui a sua exposição de 11 de janeiro até hoje. E decidimos, porque as pessoas gostaram muito das técnicas dele, e ele também se dispôs, a partilhar esse saber, neste caso de pintura a pastel. E proporcionamos à população, um pouco de aprendizagem, para aqueles curiosos que querem saber mais. Já adesão do público à exposição, foi bastante boa. Quando abriu foi das mais concorridas até agora, posso dizer isso, Durante o horário de expediente, houve muitos curiosos que vieram visitar esta exposição. Correu bem.”
José Luís Canelha é natural de Podence, que costuma ser também umas das suas inspirações. Começou a pintar aos 10 anos, e já teve mostras em Portugal, Espanha, França, Itália e Nova Iorque. “Retrospetiva” foi uma das exposições que o pintor exibiu, neste espaço.
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