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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Chacim opõe-se à municipalização da água

A população da aldeia de Chacim, no concelho de Macedo de Cavaleiros, está revoltada quanto à intenção da Câmara Municipal em municipalizar a água daquela freguesia.
Uma medida que faz com que a água, que provém de nascentes, passe dos domínios da Junta de Freguesia para a alçada da Câmara Municipal.

Segundo José Génio, presidente de Chacim, em reunião foi-lhe dito que a não aceitação desta medida poderia levar à perda do mandato: 

“No dia 16 de julho fomos convocados para uma reunião que contou com a presença do presidente da ERSAR, este que nos disse que éramos obrigados a dar a água, pois o responsável era o presidente da câmara e não as juntas de freguesia. Respondi que isso não é bem assim e que o responsável pela água da junta de freguesia sou eu. A água é nossa, custou-nos muito.

Com a municipalização eles passariam a receber o dinheiro do pagamento da água da aldeia, que teríamos de ser nós a fazer a contagem, e depois dariam à junta 20%. Nós não aceitamos.

Nesse mesmo dia, disseram que se não déssemos a água à câmara eu perderia o mandato, ao que eu respondi que antes quero que isso aconteça do que perder aquilo que é nosso.”

Convocada uma reunião para auferir opiniões, os habitantes chacinenses discordam desta medida e vão mais longe, tendo já a circular um abaixo-assinado que será entregue em instalações próprias, como contam Hermínia Silva e Luís Eugénio:

“Estou a favor que a água fique em Chacim. Sempre foi nossa e espero que continue a ser porque temos água suficiente e não precisamos levar este dinheiro, que pode ficar na junta de freguesia, para Macedo, até porque Macedo pouco ou nada tem feito para Chacim. Se lhes formos dar o pouco que temos na terra, o que seremos nós, nada.

Pagamos a água muito barata, zero quase, e se passar para a alçada da câmara vamos pagar muito mais. Toda a vida Chacim viveu com a água da serra.”

“A água é o ouro da nossa aldeia. A manutenção está garantida pela junta de freguesia, assim como as canalizações. Nós temos os nossos nascentes.”

Rui Vilarinho, vereador do município, diz que este não é um assunto com opção de escolha, mas sim uma obrigação por lei: 

“De facto, esta não é uma ideia do município, é uma obrigatoriedade, saiu o despacho em abril e já tinha saído outro em 2014 que obrigava todos os municípios a ficar com a gestão das águas em baixa, o que não aconteceu.

Neste momento, havia a hipótese de algumas freguesias, desde que responsabilizassem pela qualidade da água perante a ERSAR, ficarem com a gestão das águas em baixa, o que não acontecia em algumas aldeias do concelho, em que a responsabilização era por do município e a gestão era por parte da junta, o que já era uma ilegalidade.

Agora agravou-se a situação porque nos foi enviada um despacho pela ERSAR que diz que todos os municípios são responsáveis e têm obrigatoriamente que gerir as águas em baixa de todas as freguesias do seu concelho, sob a pena de incorrer em processos criminais.”

Também por municipalizar estão ainda as águas das freguesias de Espadanedo, Edroso, Murçós e Soutelo Mourisco, Olmos, Grijó, Vale Benfeito e Bornes.

Escrito por ONDA LIVRE

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