A ideia surgir quando leu um livro de Duarte d’Armas, ficou empolgado e sempre ruminar no projeto até este ano.
“Em 1509, Duarte d’Armas palmilhou a fronteira entre Portugal e Espanha, desenhando, a pedido de D. Manuel I, os castelos e fortalezas portuguesas.”
Este ano e depois de muito bem planeado com a devida preparação física, José Luís Jorge, inicia a o percurso a 27 de setembro, começou na foz do rio Minho e tem como destino o ponto onde o Guadiana encontra o mar. Mas tarefa será repartida por três jornadas: até ao Douro nesta primeira; na primavera fará a ligação daí ao Tejo; e depois completará o percurso até Vila Real de Santo António, no sentido inverso ao realizado pelo escudeiro de D. Manuel I.
José Luís terminou no inicio de novembro a primeira etapa, 533 quilómetros a pé pela raia, desde o mar na foz do rio Minho, até ao Rio Douro, passando pelo Gerês no Minho, Montalegre, Chaves, Vinhais, Bragança, Miranda do Douro até Freixo de Espada à Cinta, durante 33 dias.
Pelo caminho fez milhares de fotografias e registos diversos, complementando com pequenos vídeos e entrevistas informais com quem se cruza, falou com inúmeras pessoas, dormiu e comeu nos mais variados locais, e passou por Bragança onde parou dois dias para recuperar forças e apreciar a cidade. Foi num desses dias que tivemos o prazer de conversar e tomar um café na zona histórica.
Mais do que o objectivo de escrever um livro, José Luís quer cumprir-se a ele próprio e realizar uma aventura, o fotógrafo que ambicionava seguir este caminho, de modo a registar em fotografia as fortificações desenhadas no século XVI, trás outra missão: perceber o que significa, afinal, essa linha política que separa os dois países ibéricos, num tempo em que vigora a livre circulação de pessoas e bens.
“Linha de Fronteira” de José Luís Jorge pode ser acompanhada online AQUI.
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