Por: Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS
São Paulo (Brasil)
(colaborador do Memórias...e outras coisas)
A arte fica mais triste.
A música fica mais triste.
O Brasil que antecipava o centenário da Semana Moderna, através da Maravilha Mendonça, se rende. A imagem do avião destroçado, cujos restos pousavam numa das muitas cachoeiras onde Oxóssi costuma frequentar, nos emociona.
Uma nova forma de tornar conhecidos os dramas da mulher brasileira, vivia (e vive) nas letras de suas músicas. A rara crítica feita às letras de suas músicas, somente referiam-se ao descuido das rimas; que não se rendia às convenções da métrica de seus versos. Mais uma vez, uma mulher brasileira punha-se à frente de seu tempo e falava, sem rodeios, dos conflitos da mulher moderna. Além disso, sua música não representava a elite, nem aos brancos, nem aos negros; sua música era genuinamente brasileira, e, por isso mesmo, internacional. E como falava apenas verdades no seu modo simples, suas mensagens chegavam imediatamente ao coração dos ouvintes. Assim, Maravilha Mendonça era um ser natural da terra goiana, por isso mesmo era brasileira, por dizer verdades, era internacional e por ter partido tão cedo, aos 26, ela é imortal!
- Ave Marília, entenda nosso pranto, vós que sois cheia de graça e encanto !
Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 9 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de cinco outros publicados em antologias junto a outros escritores.
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