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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 24 de março de 2022

Provérbios e ditados populares sobre as profissões

 Os provérbios são elementos de sabedoria popular que transmitem conhecimentos comuns sobre a vida do dia-a-dia, às vezes contraditórios, pois a “verdade” a que dizem respeito não pode ser separada da comunidade sócio-cultural que lhe deu origem.


Abaixo, uma listagem de provérbios e ditados populares sobre as “profissões”, recolhidos na região de Trás-os-Montes e Alto Douro:

» Rodas e advogados, só andam se bem untados.

» Alfaiate, mal vestido; sapateiro, mal calçado.

» Almocreve cavaleiro não ganha dinheiro.

» Da muita neve se queixa o almocreve.

» Ama gorda, pouco leite.

» Barqueiro a barqueiro, não leva dinheiro.

» Fome de caçador, sede de pescador.

» Tapa, massa, enquanto o caldeireiro passa.

» Caldeireiro na terra: chuva na serra.

» Cesteiro que faz um cesto faz um cento se tiver verga e tempo.

» No tempo da tomateira não há fraca cozinheira.

» Mais vale bom estômago do que boa cozinheira.

» Quem faz a cozinheira ligeira é a boa fogueira.

» A criado novo, pão e ovo; a criado velho, pau e demo.

» Ao fim do ano, o criado parece-se com o amo.

E os advogados?

» Ao confessor e ao advogado não o tragas enganado.

» Ao confessor e ao advogado confessa o teu pecado.

» Dos enganos vivem os escrivães.

» Em má demanda, escrivão da minha banda.

» Estalajadeira à porta: poucos fregueses.

» Em casa de ferreiro, espeto de salgueiro.

» Nunca a boa fiandeira ficou sem camisa.

» Ninguém é [bom] juiz em causa própria.

» Quando o doente diz ai, o médico diz dai.

» Médico velho, cirurgião novo, boticário coxo.

» De médico e de louco todos temos um pouco.

» Erros de médico a terra os cobre.

» O melhor médico é o que se procura e não se encontra.

» Oleiro que faz a panela faz a tampa.

» Fraco é o padeiro que diz mal do seu pão.

» Pedreiro de Agarez põe uma pedra, caem três.

» Peixeira que não mente a bolsa lho sente.

» Pescador de cana come mais do que ganha.

» O poeta nasce, o advogado faz-se

» Quem se ensinou, sapateiro, a tocar rabecão?

Fonte: Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999 | Imagem de Marc Pascual 

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