A denúncia parte do Presidente da Junta de Freguesia de Frechas e de alguns habitantes da aldeia do Cachão, anexa daquela freguesia. José Carlos Teixeira diz que esta é uma situação recorrente que tem sido reportada ao Município, mas até agora nada foi feito para resolver em definitivo este caso que entende representar um perigo para a saúde pública.
“Podemos ver no local que isto não é como a senhora presidente diz, isto não é uma avaria pontual. Tenho estado a acompanhar a situação, há dias que tem, há dias que não tem, não sei o que lhes fazem, mas que há aqui alguma coisa que não está certa, não e as queixas dos moradores persistem”, disse.
Alguns populares dizem mesmo que é impossível ter as janelas abertas das suas casas nos dias em que são feitas as alegadas descargas devido ao cheiro nauseabundo que dizem ser insuportável.
“Eu não posso estar no terraço, não posso estar em lado nenhum. Vêm aqui as pessoas e toda a gente me pergunta como é que eu consigo estar aqui com este cheiro. Estou farta desta situação”, contou uma moradora.
Populares e presidente da junta ressalvam que não pretendem que o matadouro ou outras fábricas fechem as portas, mas que tenham melhores condições de funcionamento.
“Não queremos que o matadouro deixe de funcionar, ao contrário do que a senhora presidente quis mostrar que o nosso objectivo seria esse, não, de todo. O que nos queremos é que o matadouro crie condições para poder continuar a laborar, sem prejudicar os moradores e os cafés que há aqui”, frisou o presidente da junta de freguesia.
Confrontada com as acusações, a administração da AIN, Agro-Industrial do Nordeste, que gere o complexo do Cachão e o matadouro, refere que após terem sido abordados pelas autoridades o assunto está “em fase de resolução”.
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