A comemoração dos 478 anos de elevação de Miranda do Douro a sede da diocese, é uma iniciativa da unidade pastoral de Santa Maria Maior, em cooperação com a município de Miranda do Douro e que conta com o apoio do Museu da Terra de Miranda.
De acordo com o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, a celebração do 478º aniversário é uma questão de justiça, dado que é uma prática comum em todas as dioceses.
“Há vários anos que tinha a intenção de assinalar a data da fundação da diocese, pois é um acontecimento histórico, não só para Miranda do Douro, mas também para toda a diocese. No ano passado, em colaboração com o município, iniciámos esta comemoração e este ano vamos dar-lhe continuidade”, explicou.
Do lado do município de Miranda do Douro, a presidente, Helena Barril, realçou que a fundação da diocese é uma das datas mais significativas da história da cidade de Miranda do Douro e por conseguinte do vasto território que continua a ser a diocese transmontana.
“O município de Miranda do Douro associou-se desde logo a esta iniciativa da unidade pastoral de Santa Maria Maior e ao seu impulsionador, o pároco de Miranda do Douro, o padre Manuel Marques, para que juntos consigamos perpetuar a memória da fundação da diocese e sublinhar a importância que Miranda do Douro teve e continua a ter na história da igreja local”, disse.
Referindo-se à mudança da sede da diocese para Bragança, a autarca de Miranda do Douro acrescentou que para os mirandeses, o nome da diocese será sempre “Miranda – Bragança”.
O programa da comemoração dos 478 anos da diocese inicia-se no Domingo, dia 21 de maio, com o repicar dos sinos em todas as igrejas do concelho. Às 10h30 ocorre a concentração dos estandartes paroquiais, para dar início ao desfile até à concatedral. Às 11h00 vai celebrar-se a Eucaristia. A comemoração do 478º aniversário da diocese termina com um almoço convívio.
Segundo reza a história, a antiga “Diocese de Miranda” pertenceu à Arquidiocese de Braga. A 22 de Maio de 1545, o Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.
Dois séculos mais tarde, a 5 de Março de 1770, o Papa Clemente XIV, desmembrou a diocese em duas: a diocese de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome e a de Bragança, formada pelos outros quatro arciprestados.
A divisão durou apenas dez anos, já que a 27 de Setembro de 1780, o Papa Pio VI, pela Bula Romanus Pontifex, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança.
Mais recentemente, no dia 27 de Maio de 1996, a Santa Sé concedeu a designação de Bragança-Miranda.
Esta diocese tem 6.599 km2 de superfície e é a quarta diocese mais extensa do país. No censos de 2021 registava uma população de 122.804 habitantes.
Desde fevereiro de 2022, a diocese de Bragança-Miranda está em sede vacante e a aguardar a nomeação de um novo bispo, depois D. José Cordeiro ter transitado para a arquidiocese de Braga.
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