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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Novo livro de Jorge Nunes pode ser um bom contributo para ajudar a devolver comboio à região

 “Ferrovia em Trás-os-Montes, memória do passado, luta do presente”. É este o novo livro de Jorge Nunes, ex-presidente da câmara de Bragança. A obra foi apresentada ontem ao público


Numa altura em que o tema ferrovia está na ordem do dia e depois de Associação Vale d’Ouro ter apresentado um estudo, que demonstra a viabilidade da ligação Porto-Vila Real-Bragança-Madrid, Jorge Nunes acredita que este livro pode ser um contributo para que se devolva o comboio à região e de uma forma que traga desenvolvimento. “Todos os contributos são necessários e são úteis. Isto não é uma luta fácil. É uma corrida de fundo que tem que envolver muita gente, com muita boa vontade. Envolve tempo. É um contributo”.

A região perdeu o comboio há mais de 30 anos e, para Jorge Nunes, essa foi uma má decisão. Ainda assim, às más decisões começaram logo na construção da linha, que devia ter sido em via larga. “Se a linha do Tua tivesse sido construída em via larga hoje estaria, provavelmente, modernizada, electrificada e com ligação à Europa. Foi um erro de decisão, na altura, que foi aceite. Eu creio que não teria encerrado se a decisão política no momento tivesse sido correctamente tomada. E foi erradamente tomada em favor da ligação de Barca d’Alva a Salamanca, troço de via que foi construído com capitais portugueses, um desastre económico e financeiro, que o Governo teve que socorrer com capitais públicos, para evitar problemas de economia no Porto. Há erros que se cometem que têm repercussões passadas muitas décadas”.

Este é o quinto livro de Jorge Nunes. Os últimos dois também falavam da ferrovia, ainda que não fosse o tema central. “O penúltimo livro foi relacionado com o desenvolvimento do Interior e aí podemos encontrar algumas referências ao tema mas não é o tema central desse livro. Já o último livro, o dos congressos, encontramos algumas referências mas não é o tema central. Este é um livro temático que incide sobre a ferrovia, sobre a memória do passado e a luta do presente. A ferrovia é muito importante porque sem ela, sem modernos e competitivos meios de transporte, no futuro, ficaremos mais penalizados em termos económicos e demográficos”.

O ex-autarca, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, defende que o que interessa ao território é uma via com ligação internacional, de alta velocidade, de transporte misto e de bitola europeia. O livro de Jorge Nunes foi apresentado, ontem, em Bragança, na sala de actos do teatro municipal.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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