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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Cada vez mais brasileiros escolhem a região para viver

 Alguns dizem-se escolhidos por Bragança, outros afirmam que foi por mero acaso, mas todos garantem que a escolha por cidades menores está relacionada com a segurança, a qualidade de vida, as pessoas e os baixos preços, que ainda se praticam nas regiões do interior


Portugal tem atraído cada vez mais brasileiros em busca de uma nova vida, especialmente em cidades do interior como Bragança, que oferecem qualidade de vida, segurança e oportunidades.

Foi o caso de Fabiana Silva que se mudou para Bragança em 2019 para apoiar a filha, que veio estudar para o Politécnico de Bragança e, encantada pela hospitalidade local, decidiu permanecer na cidade mesmo depois da filha se formar. A tendência de escolher destinos além dos grandes centros reflete a procura por ambientes acolhedores e tranquilos. “Eu decidi ficar porque amei Bragança desde o dia que aqui cheguei. Eu gosto de verdade do aconchego de Bragança. Vim para um país que não conhecia, só eu e a minha filha, e tivemos oportunidade de conhecer as pessoas, o que não teríamos noutro lugar. Aqui conhecemos várias pessoas e elas conhecem-nos na rua. Fomos criando vinculo com as pessoas, algo que na cidade grande não funcionaria”.

Luciana Oliveira Partilha sentimentos semelhantes aos de Fabiana Silva. A cabeleireira de 47 anos veio para Bragança com o marido, também atraída pelo IPB, onde se matriculou num curso de estética. Afirma que foi Bragança que a escolheu e não ao contrário. Mas garante que, actualemente não trocaria a cidade transmontana por outro lugar. “Poder ver o sol nascer e pôr-se com tranquilidade, sem risco de ser assaltado, para nós isso é qualidade de vida e é o que Bragança nos entrega. Bragança, hoje em dia, atende a todas as nossas necessidades e por isso o plano é ficar por aqui”.

Outro fator decisivo foi o custo de vida mais acessível e a proximidade que a cidade proporciona. “Primeiro pelo arrendamento e segundo pelo custo de vida: se morássemos em Lisboa ou no Porto o custo seria maior que aqui. Pode ser que lá haja salários maiores mas acho que aqui condiz com a realidade local. O que ganhamos é para lá de suficiente para vivermos bem”.

Tanto Fabiana como Luciana destacam a qualidade de vida em Bragança. Mas enquanto que elas apreciam a tranquilidade da cidade e o ritmo de vida mais calmo, Pedro Pecora, de 26 anos, tem uma visão diferente.

Pedro assume que também gosta da tranquilidade e do custo de vida reduzido que Bragança oferece, mas admite que sente falta de opções de lazer. “Gosto que a cidade seja tranquila e barata mas o contra é a localização ou a falta de um cinema, como nos grandes centros, e coisas para se fazer, por exemplo, no fim-de-semana”.

O jovem programador acredita que existe um meio-termo ideal entre a tranquilidade de Bragança e as comodidades dos grandes centros, onde poderia encontrar um equilíbrio entre opções de entretenimento e qualidade de vida, como a cidade de Aveiro. “Eu penso sair de Bragança mas mesmo assim não ir para grandes centros. Se for para Aveiro fico a cerca de 45 minutos do Porto, onde há mais coisas para fazer”.

As histórias de Fabiana, Luciana e Pedro exemplificam a tendência crescente de brasileiros que escolhem viver no interior de Portugal, atraídos pela qualidade de vida e oportunidades. Enquanto cidades menores como Bragança oferecem segurança e senso de comunidade, para jovens como Pedro, a vida no interior pode ser mais desafiadora.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Cindy Tomé

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