Por: Manuel Eduardo Pires
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Sabemos bem que uma das maravilhas deste tempo, a internet, pode ser usada para revelar aquilo que o ser humano tem de melhor e de pior. Como tantas outras invenções, ela pode ampliar o lado negro ou o lado luminoso que temos dentro. O ponto é que se as pessoas fazem as redes, as redes também fazem as pessoas, e aquela que aqui se criou no “Memórias... e outras coisas...” parece que as leva a mostrarem o seu melhor.
Neste recanto não se trata de vendas, compras, tráficos, roubos, burlas, ameaças, bullyings, sabotagens, assassínios ou outras realidades nefastas de que o planeta está cheio. Nada de oferecer à cusquice e à concupiscência alheia fotografias de corpos, ou partes focadas de corpos, como quem expõe guloseimas numa montra. O polvo com grelos que se comeu ao almoço ou o cruzeiro “brutal” que se fez às ilhas gregas é secundário. Também ninguém está muito interessado em erradicar os males do mundo, tarefa de resto impossível. Aqui a única coisa que toda a gente exibe com abundância, e quase sempre dentro de um nível cívico elevado, é a paixão pela sua terra, a nossa terra.
Mais do que desejar bom ano, faz-se todos os dias um pouco para que o seja, levando assim um cheirinho do Natal aos onze meses seguintes … Boas Festas a todos.
Manuel Eduardo Pires. Estes montes e esta cultura sempre foram o meu alimento espiritual, por onde quer que andasse. Os primeiros para já estão menos mal, enquanto a onda avassaladora do chamado progresso não decidir arrasá-los para construir sabe-se lá o quê, mas que nunca será tão bom. A cultura, essa está moribunda, e eu com ela. Daí talvez a nostalgia e o azedume naquilo que às vezes digo. De modo que peço paciência a quem tiver a paciência de me ir lendo.
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