Em janeiro de 2024, a ANAC informou que o aeródromo de Mirandela estava encerrado “por não revalidação do Certificado de Aeródromo, desde o dia 01 de janeiro de 2024 até 31 de dezembro de 2024”, neste caso seria o tempo estimado para o Município de Mirandela, proprietário do aeródromo, poder realizar obras para debelar essas não conformidades, que passavam pela pintura e orientação magnética da pista, bem como a construção de uma vedação.
No entanto, os trabalhos ainda não estão concluídos, pelo que foi emitida uma nova Nota Informativa Aeronáutica, no início deste mês, dando conta de que se mantém suspenso o aeródromo municipal de Mirandela agora com “um novo fim de validade estimado a 31 de dezembro de 2025”.
Em resposta escrita à Terra Quente FM, a autarquia revela que “já foram realizados os trabalhos de repintura da pista, que custaram 50 mil euros, faltando a conclusão da execução de vedação interior e movimentos de terras, já adjudicados no valor de 90 mil euros e ainda dentro dos prazos contratualizados”, refere.
Para além disso, o Município liderado por Júlia Rodrigues adianta que implementou um sistema de controlo de acessos ao espaço terra-ar já implementado e a atualização do manual de regras de voo visual do aeródromo.
Só depois de concluídos os trabalhos, é que o Município poderá requerer junto da ANAC o agendamento de nova vistoria para tentar obter a certificação para poder reabrir o aeródromo, “o que poderá acontecer muito antes do final do ano”, revela a autarquia, acrescentando que, em consonância com a direção do aeródromo solicitou, à ANAC, “a título excecional, a possibilidade de os associados do Aeroclube de Mirandela poderem utilizar a estrutura para realizar voos de recreio até que sejam concluídos os trabalhos de execução da vedação, para não caducarem as respetivas licenças de voo”, diz a nota da autarquia.
Refira-se que o aeródromo está suspenso para os voos de recreio (o que inviabiliza, há um ano, por exemplo, a realização de voos por parte dos associados do Aeroclube de Mirandela), mas ainda assim, o aeródromo tinha autorização para ser utilizado para voos da proteção civil e de emergência médica, garantindo a continuidade do Centro de Meios Aéreos de Combate a Incêndios e do Centro de Operação da Força Aérea, com a utilização dos drones para vigilância de incêndios.
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