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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Aethel Mining só veio “atrasar” o “importantíssimo projeto” das minas de Torre de Moncorvo

 Foi há quase cinco anos que começou o sonho de ver transformado o concelho de Torre de Moncorvo, com o regresso da exploração mineira


Prometeu-se um investimento de 550 milhões de euros, ao longo de 60 anos, e a criação de centenas de postos de trabalho, mas, o sonho terminou no ano passado. Os trabalhos simplesmente pararam e a câmara e a concessionária nada explicaram. Para uns o projeto não passou de aproveitamento político e para outros foi a má gestão da empresa que ditou o fim de tudo.

Após quase quarenta anos de abandono, a atividade mineira regressou a Moncorvo em março de 2020, através da Aethel Mining.

Concluída a primeira fase de trabalhos, há quase um ano, o projeto de execução da fase definitiva de exploração foi chumbado pela Agência Portuguesa do Ambiente. Considerou-se que o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução apresentado não permitia demonstrar o “cumprimento” das condições da Declaração de Impacte Ambiental. De facto, a empresa ainda laborou durante algum tempo, mas nada do que estava previsto, pelo menos nos sonhos da população, que esperava ver economicamente o concelho Torre de Moncorvo revolucionado. “As minas vão arrancar, vão arrancar e era tudo a aldrabar. Desapareceram daqui e nem pagaram a muita gente. Chegaram a estar paradas aos 15 dias e três semanas, os camiões aí à espera para carregar e não carregavam enquanto não viesse o dinheiro”, contou um habitante.

Carlos Guerra, que foi consultor da MTI, desde 2010, e da Aethel, a partir de 2020, tendo abandonado o projeto muito antes de os trabalhos terminarem, não tem dúvidas de que tudo foi por água abaixo por má gestão. “Infelizmente essa gente conseguiu destruir até as expectativas legítimas e fundamentadas da população”, criticou.  

Quem também lamenta o projeto ter ido por água abaixo é o socialista Adriano Menino. O vereador da oposição da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo diz que tudo isto não passou de aproveitamento político. “Houve um aproveitamento político, porque 2020 foi ano pré-eleitoral, onde tudo se prometia. Prometia-se emprego a toda a gente com base nas minas. Infelizmente nada se concretizou, começou a correr mal e a partir daí os políticos fecharam-se em si próprios e ninguém disse mais nada e eu fui constantemente alertado o executivo para o não cumprimento dessas expectativas para o concelho, mas nunca obtive respostas”, disse.

Tentámos contactar a Aethel Mining. Os números de telefone da empresa, disponíveis no site da mesma, não estão atribuídos. Enviámos email, com algumas questões, mas a mensagem não foi entregue a nenhum dos endereços disponibilizados no site porque estes não são encontrados ou não podem receber mensagens.

Contactámos ainda o ex-presidente da câmara de Moncorvo, Nuno Gonçalves, que se mostrou prontamente disponível para responder a algumas questões sobre o tema mas não o podia fazer naquele momento. Apesar de tudo, até agora, não conseguimos voltar a chegar à fala com o deputado social democrata.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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