Actualmente, a colónia transfronteiriça desta ave conta com 22 ninhos artificiais, ocupados por oito casais nidificantes, sendo cinco em Portugal e três em Espanha.
O presidente da Associação, José Pereira, conta que os novos ninhos foram colocados em Novembro com o apoio do Grupo de Intervenção em Altura dos Agentes Florestais da Comunidade de Madrid. “Apesar de o abutre-preto fazer o ninho em árvores, no Sul de Portugal, nas azinheiras, sobreiros, pinheiros, aqui no Douro temos esta particularidade de ser nas arribas, o que torna estes trabalhos mais exigentes e dificultados, pelo que recorremos a estes especialistas em trabalho em altura para garantir toda a segurança necessária para a instalação destes ninhos”, explicou.
O objectivo desta acção é garantir a segurança dos ninhos e aumentar os locais de nidificação para fixar esta ave de rapina no território.
Grande parte dos ninhos estão localizados no concelho de Freixo de Espada à Cinta entre Mazouco e Bruçó, uma vez que este foi o local que os primeiros casais reprodutores colonizaram. “Sendo uma espécie que é particularmente colonial, como os primeiros assentaram naquela zona, é natural que a expansão desta colónia seja em volta dos primeiros ninhos. Aquilo que estudamos é poder ir expandido, colocando estes ninhos artificiais em áreas um pouco mais longe, no sentido de aumentar a área de ocupação da colónia”, disse.
Segundo José Pereira, o abutre negro é uma espécie em perigo de extinção que tem um papel “fundamental” no ecossistema e garante que a sua preservação pode ser benéfica para os agricultores.
A colónia transfronteiriça de abutre-preto do Douro Internacional conta com 14 novos ninhos artificiais, que se juntam aos oito já instalados, somando um total de 22.
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