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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 19 de outubro de 2025

Um «cavaleiro bragançano», ascendente de Camões, que, em Aljubarrota, salvou a vida de D. João I


 Venho trazendo, por aqui, em modo carolice, algumas figuras relevantes para a História de Portugal, oriundas ou com ascendência nas nossas magníficas e incomparáveis terras. Com o único objectivo de partilha com os meus conterrâneos, procurando elevar uma auto-estima que parece andar arredia. Esta será mais uma figura «bragançana», das muitas que preenchem a História de Portugal (para quem efectivamente a conheça...). 

Tem a sua sepultura no Mosteiro da Batalha, bem perto da de D. João I, com a inscrição «o que salvou a vida ao Snr. D. João I na batalha de Aljubarrota». Chamava-se «Martim Gonçalves de Macedo», e aqui não vou escalpelizar a sua biografia, sabendo que, com essa omissão, me arrisco a ser mimoseado com algumas atoardas... E era «bragançano», oriundo de uma família de renome, os «de Macedo», descendentes que eram dos «de Bragança», os famosos Bragançãos! 

Aliás, o bisavô do tão nosso valoroso fidalgo ainda usava o apelido «de Bragança», sepultado que foi no muito conhecido Mosteiro de Castro de Avelãs. Seria o seu filho o primeiro a usar o apelido «de Macedo». Apelido esse que transmitiria às futuras gerações, nas quais se encontrava o valoroso neto, Martim Gonçalves de Macedo. Neto este que foi bafejado com inúmeras doações e privilégios por parte do Mestre de Avis, o nosso rei D. João I, à custa de lhe ter «salvo o coiro» na famosa batalha de Aljubarrota. E por isso tem a sepultura no Mosteiro da Batalha, em lugar de destaque...

Entretanto, este nosso valoroso cavaleiro, descendente dos Bragançãos, cuja família mandava no então pequeno «Macedo dos Cavalleyros», também teve a sua prole, sedimentando o apelido «de Macedo». Pelo século XVI, uma das suas descendentes tomou o nome de «Ana de Sá de Macedo». Nome que parece pouco dizer a alguns… Senhora esta que casaria com um senhor chamado «Simão Vaz de Camões», de cujo matrimónio nasceria... Luís Vaz de Camões! Figura de proa que ontem por aqui trouxe, por ser descendente de «famílias bragançãs», e tanta polémica parece ter gerado…

Como tal, quando visitarem o Mosteiro da Batalha, por lá verão a dita sepultura, e poderão orgulhar-se de que a mesma é de uma importante figura da batalha de Aljubarrota, oriunda destas terras. Em simultâneo, também poderão pensar que, sem a dita figura, «Martim Gonçalves de Macedo», jamais teria existido a dita «Ana de Sá de Macedo», mãe que transmitiu os genes «bragançanos» ao Grande Luís de Camões…

Rui Rendeiro Sousa

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