Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

O Cavaleiro das Sombras - Epílogo – O Legado das Muralhas


 As muralhas de Bragança permanecem firmes, testemunhas silenciosas de séculos de verdade e coragem. As muralhas guardam a memória dos homens e mulheres que ousaram enfrentar mentiras, sombras e o frio do desconhecido.

O vento percorre as ruas como um mensageiro, sussurrando histórias antigas às crianças que brincam despreocupadas, aos artesãos que moldam o presente e aos guardiões que zelam pelo equilíbrio da cidade.

O Cavaleiro das Sombras já não vagueia sozinho nas muralhas, o seu juramento transformou-se em lembrança viva, ensinando que a verdade deve ser procurada, respeitada e passada para as futuras gerações. Dom Martinho, inocente, tornou-se símbolo de justiça e coragem, lembrando a todos que nem toda a culpa pertence àqueles que sofrem.

A floresta, antes inimiga velada, agora mantém-se em vigilância silenciosa, lembrando que o desconhecido não precisa de ser temido, mas compreendido. O equilíbrio conquistado é delicado, mas real, sustentado por aqueles que aprenderam a ouvir antes de agir.

E Bragança, envolta no seu silêncio renovado e nas suas muralhas firmes, sorri para o futuro. As pedras, as ruas reconstruídas, os gestos de coragem e sabedoria, formam o legado que atravessará gerações.

A cidade aprendeu que a verdadeira força não reside apenas em armas ou muralhas, mas na união de coragem, inteligência e coração. E enquanto esses valores forem preservados, Bragança jamais conhecerá o esquecimento.

E assim, a história termina… com o sopro eterno de uma cidade que aprendeu a sobreviver, a crescer e a ser lembrada.

➖➖➖

Entre muralhas frias e ruas silenciosas,
Bragança despertou do passado escondido.
Sombras antigas testaram coragem e sabedoria,
Mas a verdade, revelada, iluminou corações.

O Cavaleiro das Sombras descansou em paz,
Dom Martinho foi inocentado, e o povo aprendeu.
A força protege, mas a inteligência guia,
E o respeito pelos segredos mantém o equilíbrio.

A floresta, antes inimiga oculta, tornou-se guardiã,
E a cidade, renascida, respirou esperança.
As pedras, as ruas, os gestos lembravam,
Coragem, união e sabedoria jamais serão esquecidas.

Bragança vive, não apenas nos tijolos e muralhas,
Mas no espírito daqueles que aprenderam a ouvir,
A lutar e a proteger,
Transformando medo em luz,
E sombras em história.

➖➖➖

Carta de Bragança
Ao povo de Bragança,

Hoje, ao olhar para as nossas ruas, praças e muralhas, sinto orgulho do que juntos construímos. Não foram só as pedras e as madeiras que restauramos, mas a coragem, a verdade e a união que sempre habitaram nos nossos corações.
Aprendemos que o passado não pode ser enterrado, que a verdade, por mais oculta que esteja, é uma luz que ilumina o futuro. Descobrimos que a força protege, mas a sabedoria guia, e que respeitar o desconhecido é o caminho para a paz.
O Cavaleiro das Sombras descansou, Dom Martinho foi considerado inocente, e a floresta, antes temida, tornou-se guardiã da nossa cidade. Bragança sobreviveu porque os seus habitantes aprenderam a ouvir, a compreender e a agir juntos.
Que esta carta sirva de lembrança. As gerações que nos seguirem carregarão o legado que conquistámos com coragem, inteligência e coração. Que ninguém se esqueça que as muralhas são fortes, mas é o espírito de Bragança que realmente protege a cidade.
Com respeito e esperança,

Afonso, Guardião das Portas de Bragança

FIM

Nota: Pretendi com este Conto, fazer um apelo à união de todos os Bragançanos em prol do bem comum que representa a nossa cidade, o nosso concelho e o nosso distrito.

Nota (1): A narrativa e os personagens fazem parte do mundo da ficção. Qualquer semelhança com acontecimentos ou pessoas reais, não passa de mera coincidência.

HM

Sem comentários:

Enviar um comentário