A todos os Presbíteros, Religiosos e Leigos, em especial aos jovens
da nossa amada Diocese de Bragança-Miranda,
A Páscoa é de tal maneira o elemento fundador e o único fundamento da Igreja, que podemos dizer que compreender a Páscoa é compreender o cristianismo.
A festa anual da Páscoa de Cristo é o dia (HODIE) por excelência da passagem à vida nova, a festa das festas. O círio pascal, símbolo eloquente do Senhor, é novamente aceso e a sua luz difunde-se na noite do mistério da fé.
Por isso, a liturgia da Igreja que nasceu da Páscoa está inundada pela admiração, exultação e alegria, conforme os textos do dia solene do ‘sacramento pascal’ «este é o dia que o Senhor fez: exultemos e cantemos de alegria». O “grande domingo” prolonga-se por cinquenta dias até ao domingo do Pentecostes, como um único dia de festa.
A Igreja nasceu de uma crise de esperança. Senão vejamos, todas vezes que celebramos a Eucaristia, fazemos memória daquele momento em que Jesus enfrentou a morte e o abandono, como celebramos no Tríduo pascal (da última ceia à cruz e até ao tumulo vazio). Os discípulos ficaram sem palavras. E depois, esperavam a glória eminente de Jesus e não apareceu. Todavia, é esta memória que faz de nós um povo da Esperança, mesmo em tempos difíceis que também vivemos aqui no Nordeste Transmontano.
A última ceia representa um desencontro de poder entre a força bruta e o poder do sinal. A ceia de Jesus convida-nos à liberdade e a dar a própria vida «Tomai, todos, e comei: isto é o meu Corpo que será entregue por vós. Tomai, todos, e bebei: este é o meu Sangue, o Sangue da nova e eterna aliança, que será entregue por vós e por todos, para remissão dos pecados – Fazei isto em memória de Mim». A Páscoa da Ressurreição é o ponto de reviravolta da história, quando Jesus volta para o Pai.
Esperar significa perseverar na confiança que exista um fim último para a existência humana. A esperança não é a convicção de que alguma coisa correrá bem, mas a certeza que cada coisa tem um sentido e um significado.
Caros amigos, a Páscoa renova a coragem do futuro na esperança que salva e convida-nos a passar de uma cultura da lamentação à cultura da caridade e da justiça!
Sejamos um povo pascal, ou melhor um povo da Esperança!
+ José Cordeiro
in:Agência Ecclesia
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