Local: Argozelo, VIMIOSO, BRAGANÇA
Informante: Maria Elisa Belchior (F), 46 anos
Em tempos que já lá vão, havia um homem que todos os dias se lamuriava porque tinha uma vida muito difícil. Estava sempre a dizer a uns e a outros que a cruz que carregava todos os dias era pesada demais.
E tanto se queixou, tanto se lamuriou, tanto pediu a Deus que o aliviasse do peso da sua cruz, que num certo dia Nosso Senhor lá lhe apareceu:
— Então o que é que tu queres? — procurou-lhe.
— A minha cruz é pesada demais. Não posso com ela! — respondeu o homem.
— Ora trá-la, e vem comigo — disse-lhe Nosso Senhor.
E levou-o ao cemitério das cruzes. Logo à entrada disse-lhe:
— Pousa aí a tua cruz e vai lá dentro escolher aquela que te pareça mais leve.
O homem assim fez. Foi pegando numa, noutra e noutra, e, depois de as ter experimentado a todas acabou por pegar de novo da sua, concluindo que afinal ainda era a mais leve. Diz o povo, a propósito, que cada um carrega a cruz que merece.
Fonte:PARAFITA, Alexandre Antologia de Contos Populares
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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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