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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Os Piolhos da Velha

Local: VINHAIS, BRAGANÇA


Havia uma velha que todas as noites era atormentada por um trasgo, que mexia e remexia nas louças, arrastava os móveis e fazia ranger as portas. Por isso, a pobre velha não havia meio de dormir e, todas as manhãs, se levantava da cama a queixar-se de enxaquecas e a rogar pragas aos “malditos espíritos” que dizia ter em casa. 
 Um dia, com pena dela, o trasgo dispôs-se a compensá-la pelas diabruras que lhe fazia durante a noite. Vai daí, enquanto a velha passava pelas brasas na hora da sesta, resolveu ele ir catar-lhe os piolhos. 
 Foi remédio santo para que a velha passasse a acordar da sesta mais aliviada. E daí em diante, como o trasgo lhe catava os piolhos durante o dia, já ela não tinha que se coçar durante a noite, e, por isso, deu em dormir sempre bem regalada, com sono de chumbo, de tal modo que já nem dava pelo rebuliço do “trasgo loiceiro” que tinha em casa. 
 Desta forma passou o trasgo a ter de novo as prateleiras, os caldeiros e as gavetas às suas ordens para o forrobodó a noite inteira.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Antologia de Contos Populares Vol. 1 Lisboa, Plátano Editora, 2001 , p.206

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