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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Bragança recebe primeira exposição do espanhol Bernardí Roig em Portugal

O romance "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago, é a fonte de inspiração da primeira exposição individual em Portugal de um dos mais destacados artistas espanhóis da atualidade, Bernardí Roig, para ver a partir de sábado, em Bragança.
A exposição de escultura, desenho e vídeo marca a nova temporada do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais de Bragança e estará patente ao público até 29 de julho.
Com "uma carreira afirmada na cena artística internacional, esta é a primeira exposição individual de Roig em Portugal, centrada na questão da "cegueira" e que estabelece uma profunda relação com o romance" do Nobel português da Literatura José Saramago, segundo divulgou hoje o diretor do Centro e comissário da exposição, Jorge da Costa.
A inauguração terá a presença do artista espanhol, Bernardí Roig, nascido em Palma de Maiorca, há 49 anos, e considerado "um dos mais importantes artistas da contemporaneidade espanhola" que "tem vindo a centra-se nas questões do olhar e, por inerência, da cegueira".
"Tomando de empréstimo o título do romance de José Saramago, com o qual estabelece uma profunda rede de afinidades, esta é também, a primeira exposição individual de Roig no nosso país", sublinhou à Lusa Jorge da Costa.
A obra de Roig preconiza "uma complexa reflexão sobre a condição humana e a sua incapacidade de ver e comunicar" exteriorizada "em cada uma das suas inquietantes esculturas brancas que, de olhos fechados, evidenciam na incapacidade de ver uma profunda exasperação, como se fizessem dos próprios olhos uma espécie de espelhos virados para dentro", segundo a descrição do comissário da exposição.
Neste trabalho, "Roig constrói um tenso jogo de confrontações e de jogos visuais entre as esculturas e dispositivos de luz artificial" que "gera cenários expressivos e inquietantes".
"As figuras Roig parecem habitar o caótico e perturbador manicómio para onde eram atiradas e aprisionadas, à medida que iam cegando, as personagens, sem nome, do universo literário de Saramago, desafiando o experienciar de um contexto em forma de tragédia luminosa, capaz de causar no observador sentimentos que oscilam entre o desconforto e o fascínio", descreveu.
As construções de Roig "apresentam-se como figuras tipo de homens banais, de torsos descobertos e descalços, vestem apenas calças verdadeiras, desabotoadas na cintura, que lhes acentua a curva do ventre e as aproxima do estereótipo do homem comum".

HFI // JGJ
Lusa/fim

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