A Fundação Betânia, em Bragança, tem um projecto de construção de uma Unidade para acolher pessoas com demência, que está suspenso por falta de apoios.
Há dois anos que a instituição começou a construir o esqueleto deste novo equipamento, mas a directora técnica da Fundação Betânia diz que não há condições para concluir a obra.
“Desde algum tempo que estamos a dedicar alguma atenção ao estudo desta problemática e pensámos em criar uma Unidade que fosse especializada para o acolhimento deste tipo de população. Nós temos um projecto já aprovado, temos já o esqueleto, mas não há condições para continuar a investir num projecto desta envergadura, porque implica grandes custos, não só para a construção mas futuramente para a manutenção”, realça Paula Pimentel.
Paula Pimentel garante que a instituição tem estado atenta e até tem efectuado candidaturas para este projecto, mas ate agora sem sucesso. “Nós sempre que há abertura de candidaturas estamos atentos e procuramos. Já no ano passado fizemos uma candidatura à EDP solidária, apesar do reconhecimento do projecto por parte da EDP não foi aprovado.
O próprio Estado também poderia ter um papel fundamental, mas estamos a passar por um momento de crise que também não é fácil”, salienta a directora técnica. Este equipamento ganha, ainda, mais relevância tendo em conta que tem vindo a aumentar o número de idosos a precisar destes cuidados diferenciados.
Paula Pimentel garante que a Fundação Betânia, já vai dando apoio a pessoas com demências dentro das suas possibilidades. O objectivo é criar uma unidade especializada para melhorar os cuidados prestados a pessoas com demências.
Dos 66 utentes da Fundação Betânia, cerca de 24 têm problemas de demência.
Escrito por Brigantia
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