O núcleo de estudantes estrangeiros do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) ganhou uma nova nacionalidade com a chegada de três estudantes sírios ao abrigo do programa lançado pelo ex-presidente da República, Jorge Sampaio.
Rami, Nour e Emad estão há poucos dias em Bragança e hoje contaram aos responsáveis do programa como está a decorrer a adaptação a uma cidade pequena do Interior de Portugal, onde os jovens garantiram estar a sentir-se "em casa".
Os três fazem parte do grupo de 42 estudantes sírios que chegou, no sábado, a Portugal, para prosseguir os estudos em universidades e politécnicos, no âmbito da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência.
Estes jovens foram obrigados a interromper os estudos no seu país devido à guerra que paralisou o sistema educativo pela destruição e por falta de condições de segurança, segundo Helena Barroco, assessora de Jorge Sampaio, que esteve hoje em Bragança.
A responsável reuniu-se com os três jovens, acolhidos numa das duas residências para estudantes estrangeiros do IPB, na zona histórica da cidade.
Dois vêm para iniciar a licenciatura e outro para finalizar e iniciar um mestrado.
Rami só vai tratar da parte académica na próxima semana, já em relação a Bragança garante que "é um sítio muito agradável, as pessoas são muito simpáticas" e que se sente "como em casa".
"É difícil estar longe de casa, mas as pessoas em Bragança são muito amigáveis", contou.
A família do quase engenheiro químico ficou na Síria, "num sítio seguro", segundo o jovem que agradece ao Governo português "a oportunidade deste sonho" que está a viver.
O colega Nour vai estudar engenharia informática e explicou que não o pode fazer na Síria porque "é perigoso ir para a escola, os pais têm receio de mandar os filhos para a escola ou para as universidades".
Em poucos dias, este jovem sírio de 20 anos já sabe apresentar-se em dizer alguns números em português.
O politécnico de Bragança tem cerca de mil estudantes, entre os sete mil alunos, de diferentes nacionalidades ao abrigo de programas de intercâmbio, e aceitou acolher até cinco jovens sírios, como adiantou o presidente, Sobrinho Teixeira.
Um quarto" deverá chegar numa próxima leva", segundo ainda o responsável que acredita "na capacidade de acolhimento e tolerância da cidade e no espírito académico" para ajudar estes jovens a "sentirem-se enquadrados e bem recebidos".
O IPB vai também proporcionar aos estudantes sírios a aprendizagem da língua portuguesa.
Helena Barroco recordou que o programa de acolhimento dos estudantes sírios foi lançado em setembro e recebeu mais de 3.000 candidaturas, muitas já depois de encerrado o prazo de inscrição.
Além de Portugal, os jovens estão a ser acolhidos também no Egito, Líbano, Iraque, Turquia e Estado Unidos da América.
HFI // MSP
Lusa/fim
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