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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Festival Literário de Bragança

         OPINIÃO
Sábado, 4 de Junho de 2016. Encerramento das actividades do Festival Literário de Bragança.
Agendado para as 20:30h “Homenagem do Encontro Livreiro a Mário Péricles da Cruz”, já o relógio rondava as 21:30h quando se iniciou a justa memória ao fundador da Livraria Mário Péricles e família Machado. Dada a importância cultural, social e afectiva que esta Livraria ocupou, no espaço e no tempo bragançano durante 66 anos, era de esperar uma grande adesão das pessoas que sentem e vivem Bragança. Assim aconteceu. As cadeiras foram insuficientes. A cerimónia começou com um excelente vídeo projectado num pobre espaço de parede lateral. Memórias de um templo, com livros sobre livros, formando colunas de sabedoria, onde, numa aparente desorganização, morava a magia do encontro com o livro. 
Esta homenagem e a família Machado, a meus olhos, mereciam um espaço mais nobre e adequado à dimensão do acontecimento. Não se entende o Centro Cultural de Bragança, em toda a sua volumetria, não contemplar um auditório, digno desse nome, e que resolveria os constrangimentos verificados neste evento. O dono da obra, (Câmara Municipal de Bragança), à época, demonstrou não saber nem ter visão prospectiva. Na segunda parte, Mesa de Debate, com Rentes de Carvalho e Sérgio Godinho, moderada pela jornalista Teresa Sampaio. Os presentes por mais que tentassem soerguer a cabeça, não vislumbravam nem mesa, nem oradores, nem moderadora. A amplificação do som costuma ajudar as pessoas a ouvirem melhor. O microfone ficou no auditório. Inexistente. Como há sempre um oásis no meio do deserto, Rentes de Carvalho, com sensibilidade, sabedoria e elegância, de pé e firme fez lembrar Torga: “…a minha voz mudou - porque o horizonte é maior” (Torga, Miguel: A terceira Voz,1934). Falou e fez-se ouvir. Acutilante perguntou à plateia se tinham pago bilhete (risos) e concluiu: “pois se o tivessem feito tinham muita razão para protestar”. Palavras sábias para ilustrar o desconforto que reinava na sala de exposições. Os seus compartes continuaram até ao fim sentados, invisíveis e quase inaudíveis.

Bragança merece, pelas suas raízes de grandeza histórica, labor e afecto, mais e melhor.

Obs: escrevo como aprendi a ortografia.

Bragança, 5.Junho.2016, Carlos Moreno
Artigo de opinião publicado no Jornal Nordeste

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