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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Paredes e muros de Bragança estão a ganhar vida com o Festival de Street Art

O I Festival de Street Art de Bragança está a colorir paredes e muros da cidade. São nove os locais que estão ser intervencionados por artistas vindos de vários pontos do país mas também filhos da terra, alunos da Escola Secundária Emídio Garcia e utentes de instituições do concelho.
Uma das intervenções que está a dar mais nas vistas, por se encontrar em frente ao edifício do Balcão Único do Município de Bragança, é a da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança. O projecto foi pensado já há 3 anos, a convite de Jorge Nunes, na altura a desempenhar as funções de presidente da Câmara e teve agora luz verde, pelo executivo liderado por Hernâni Dias.

O professor de Artes Visuais, Manuel Trovisco,  coordenador do projecto, explica que de que forma os alunos enquadraram o trabalho no tema do Festival que é “Bragança Ecocidade”. “ Abordamos vários assuntos, como a natalidade, o despovoamento das aldeias, os animais em vias de extinção… temos outros elementos ligados à natureza, no sentido de passar a mensagem de respeitar e zelar por tudo o que é natural. Também temos uma abordagem às energias renováveis, através dos geradores eólicos… tentámos fazer uma abordagem à sustentabilidade, nas diferentes vertentes…”, explicou.

 De regresso a Bragança está Célio Pires. O jovem de 27 anos trabalha actualmente em Madrid como web designer no jornal " El Español". Mas foi em Bragança, de onde é natural,  precisamente na Escola Emídio Garcia e, em particular com o professor Manuel Trovisco, que começou a dar os primeiros passos na arte. Encara o trabalho que agora está a realizar no Jardim António José de Almeida como uma homenagem à própria cidade de Bragança mas também um contributo para as futuras gerações.”É quase uma homenagem porque eu comecei desde muito cedo, aqui em Bragança, a ter um gosto e aptidão pela arte e, por isso, escolhi um curso relacionado com essa área. A partir daí, não parei e a minha profissão de hoje tem a ver com o percurso que eu fiz em Bragança. Demonstro nesta pintura a minha influência digital. Esta obra representa todas as gerações que influenciaram a minha e na verdade, aquilo que estou aqui a fazer é dar continuidade a uma geração e, é por isso, que se chama ‘A continuação’ “, referiu o Web designer.

Um dos artistas que veio pela primeira vez a Bragança é Daniel Eime, que aos 30 anos faz da arte de rua profissão. Pinta sobretudo rostos, sendo disso exemplo as pinturas que tem em Lisboa com o rosto do fadista Carlos do Carmo ou da poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen. Para o tema "Bragança Ecocidade" escolheu  pintar aves, na parede que lhe foi atribuída, num prédio do Bairro Social da Mãe d'Água. O artista considera importante trazer este tipo de iniciativas, que normalmente se realizam nas grandes metrópoles, a uma cidade como Bragança, no interior do país.

O Festival de Street Art começou na passada sexta-feira e termina oficialmente hoje. No entanto, alguns artistas vão continuar em Bragança durante a semana para concluírem os trabalhos. “É sempre importante descentralizar estes festivais porque, por norma, acontecem em cidades grandes como o Porto ou Lisboa e, nos últimos anos, têm começado a acontecer este tipo de eventos em cidades mais pequenas, descentralizadas. Acho que a arte urbana não é só para quem vive em cidades grandes, devíamos tentar chegar a todos de uma forma homogénea”, considera

 A iniciativa inseriu-se na Festa da Juventude que contou ainda com uma noite animada com dj's na Praça Camões, no sábado, e com a presença do maior escorrega de água da Europa, durante o fim-de-semana..Já esta semana decorrem várias conferências organizadas pelas estruturas partidárias que integram o Conselho Municipal de Juventude de Bragança, no Auditório Paulo Quintela. 

Sara Geraldes
Escrito por Brigantia

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