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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Fomos pró pé da pipa. Habia tanto pra alembrar!

O Tono nasceu no mesmo ano, no mesmo mês e quase no mesmo dia q eu.
Era baixote, grosso e saía-le o traseiro.
Comia caldo ó jantar e pão quando habia.
Quando num habia nem uma coisa nem oitra, num paraba im casa, continuaba comigo. 
Era meio irmão, o nobe.
Corremos, brinquemos, nademos, roubemos o q habia pra comer, joguemos o tiroliro, sconde-sconde, a bola. Com as meias de bidro q eu roubaba ás minhas irmãs faziamos bolas de panos como mais ninguém, redondinhas e duras como cornos.
O Diabo lebou-nos cada um pra seu lado. Cada um remou a puta da bida como pode. Esfossemos, fizemos filhos, cheguemos a belhos. 
Um dia sbarremos um contra o oitro na mesma rua. Staba mudada. Já num tinha strumeiras, num tcheiraba a gado nem se biam pitas.
Fomos pró pé da pipa. Habia tanto pra alembrar!
Algūa bôa alma me enfiou na cama e a ele tamém.
O Tono apanhou câncaro. No traseiro.
Num tinha ponta por onde le pegar. 
Deixou de contar prás contas do goberno, a reforma era piquena e as camas eram poucas.
( Filhos duma cabra!)
... mas tebe um interro igual ós oitros!
AMEN!




António Magalhães

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