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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

José António Ferreira Leal

Natural de Sacoias, anexa da freguesia de Baçal, concelho de Bragança. Faleceu em Sacoias a 1 de Maio de 1825, sendo professor de filosofia em Bragança. Foi também professor de retórica em Castelo Branco, como se vê pelos assentos de casamento da freguesia de Sacoias relativos ao ano de 1809, fólio 18, onde serviu como testemunha. Era casado com D. Maria Emília do Carmo, natural de Bragança.
No «Livro de matrícula do Seminário de S. José de Miranda», que principiou em 1759 e se encontra na biblioteca do Seminário de Bragança, vê-se a matrícula de José António Leal, de Sacoias, feita a 21 de Outubro de 1794 e tem a nota de que «frequentava de manhã a aula de mystica e de tarde a de moral com aproveitamento».
Nada conhecemos que Ferreira Leal deixasse escrito; no entanto, deve ter sido homem de merecimento, já pelas qualidades dos padrinhos, já porque a fama da sua enorme sabedoria ainda hoje vive na lenda popular da povoação de Sacoias e circunvizinhas.
A seguinte anedota, que explica talvez os seus estudos, ainda hoje é contada nestes sítios com assombro: um irmão do doutor – como lhe chamava o povo – malhou o pão num dia que ele não queria e, por isso, zangou-se a valer; e para mais arrelia sua, a meio da tarde desencadeia-se tal trovoada com tanta água que varreu todo o cereal debulhado, de onde veio dizer o povo que armava trovoadas e fazia chover.
Nós ainda vimos numa janela da sua casa de habitação em Sacoias traçadas nas pedras aparelhadas, que serviam de verga, peitoril e fitos, diversas figuras de geometria, que davam ideia de um brasão de nova espécie – o de um sábio.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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