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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Adriano José de Carvalho e Melo

Antigo comissário de polícia no Porto e Governador Civil do Distrito de Bragança por decreto de 25 de Novembro de 1873, cargo de que tomou posse a 13 do mês seguinte. Correm impressos bem elaborados Relatórios respeitantes à gerência deste governador civil, que mostram quanto tomava a peito os diversos ramos da administração pública a seu cargo e os benefícios que o distrito lhe deve.
Teve tal qual celebreira uma questão que alguns sócios da «Assembleia Brigantina», casa de recreio que havia ao tempo em Bragança, tiveram com este governador civil, a qual motivou dois opúsculos intitulados: A Assembleia Brigantina e o Senhor Governador Civil Adriano José de Carvalho e Melo (Porto, 1875, 8.º de 43 págs.) e O Governador Civil de Bragança e os colegas do colega director da Assembleia Brigantina (Porto, 1875, 8.º de 55 págs.).
Graças às instâncias deste governador civil, pelos alvarás de 1 de Maio e 26 de Junho de 1876, em execução da deliberação tomada em sessão de 4 de Março desse ano pela Junta Geral do Distrito de Bragança, criou-se nesta cidade um corpo de polícia civil, que ainda hoje dura, sendo seu primeiro comissário António José Ribeiro, segundo oficial da secretaria do Governo Civil de Bragança.
Adriano de Carvalho e Melo era natural da casa da Picota, freguesia de Tuías, concelho do Marco de Canaveses, onde nasceu a 3 de Agosto de 1825, e na mesma casa faleceu a 9 de Outubro de 1894. Foi também administrador do Marco de Canaveses e deputado. Redigiu com António Cabral A Verdade, semanário daquela localidade, e colaborou largamente no Jornal do Porto.
Devido à sua energia é que o célebre criminoso José do Telhado foi preso quando tentava embarcar clandestinamente para o Brasil escapado à acção da justiça deveras empenhada na captura de tão famigerado bandido, que durante nove anos assolou as Beiras e Trás-os-Montes, praticando crimes audaciosos que o guindaram à lenda dos criminosos mais célebres.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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