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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Mil diabos pintaram de vermelho as ruas de Vinhais

Em Vinhais, este sábado os diabos andaram à solta. Foram pelo menos mil os que aceitaram o desafio de vestir a pele do diabo e se juntaram à morte para um desfile que recriou uma tradição que encerra as festas de Inverno na região.
Depois da missa de imposição de cinzas, a morte e os diabos enchem as ruas em Vinhais para perseguir e castigar as raparigas.

A câmara municipal distribui mil fatos vermelhos, com um capuz que cobre também a cara. Tradicionalmente eram estes mascarados que com um cinto aplicavam castigo às raparigas, que por sua vez se escondiam em casa. E ainda há quem se lembre bem de como funcionava a tradição.

“Desde pequena me lembro do dia dos diabos e não tenho boas recordações, eu não saia de casa nesse dia, ficávamos em casa nesses dia e alguns entravam em casa”, recorda.

“Antigamente havia o baile de carnaval e à meia-noite de terça para quarta-feira já estavam os rapazes vestidos de diabo para apanhar as raparigas à saída do baile”, garante

Nesta procissão, apesar de tentarem afastar os diabos com cinza, as raparigas são aprisionadas num carro de bois e seguem no cortejo a pedir ajuda.

Os mil diabos à solta são acompanhados por várias representações teatrais e espectáculos de fogo e som, sendo estes também motivos para muitos não faltarem a este evento carregado de misticismo.

Desde há quatro anos que em Vinhais se recria esta tradição muito própria, de uma forma mais elaborada.

Para o vereador da cultura da câmara municipal, Roberto Afonso este evento tem potencial para ser um grande cartaz turístico para toda região:

“Vinhais é uma terra dos diabos por isso é natural que cresça de ano para ano e um evento que vai na quarta edição e com uma festa como esta, garante que tem um potencial enorme e que pode tornar-se num grande cartaz turístico não só de Vinhais mas de toda a região”, salienta.

O desfile terminou no largo do arrabalde com as raparigas a serem apresentadas ao julgamento e com a queima de uma morte gigante.

Vinhais continua a dar a boas vindas à estação clara e a despedir-se da escuridão com mil diabos à solta.

O diabo e a morte de Vinhais encerram as festas de Inverno do nordeste transmontano, que arrancam no mesmo concelho com a festa da Cabra e do Canhoto em Cidões, a 31 de Outubro. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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