Um capote e um chapéu que o Abade de Baçal usou durante longos anos estão agora em exposição no museu com o seu nome, em Bragança, que celebra um século de existência.
Restauradas com a colaboração da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, as peças são consideradas “emblemáticas” pela directora do Museu do Abade de Baçal, Ana Maria Afonso, já que os objectos são expressões da vida austera do abade e da sua dedicação à investigação e preservação da história da região.
“Ele era peregrino, andava a pé, sabemos as investigações que fazia, as viagens que fez de Baçal ao museu a partir de 1925, altura em que foi nomeado director, e até 1935, ele vinha todas as semanas e o capote era certamente o “escudo” que o acompanhava, quer nas vindas ao museu, quer nas investigações que fazia, que nas visitas aos espaços rurais quando lhe diziam que havia um achado arqueológico, por isso penso que o capote e o chapéu o devem ter acompanhado ao longo de muitos, muitos anos”, referiu.
A apresentação ao público do capote e do chapéu foi o pretexto para mais uma tarde cultural no jardim do museu, com a participação do Coral Brigantino Infantil.
Entretanto, a casa do Abade de Baçal, ainda não viu definido um destino, apesar de ter sido constituída, na Assembleia Municipal de Bragança, uma comissão que decidiu propor a compra do imóvel pela câmara, para que sejam ultrapassadas questões de propriedade dos herdeiros, que têm contribuído para adiar qualquer intervenção.
A directora do museu também se mostra preocupada com a degradação que a casa tem vindo a sofrer.
“Enquanto directora e sobretudo como cidadã, evidentemente que me preocupa toda essa situação. Acho que é muito importante que se resolva e que haja algo de concreto relativamente a esse processo, nem que mais não seja reatar a classificação do edifício que, pelo menos, salvaguarde futuras intervenções menos respeitosas relativas à história e ao que ela representa”, sublinhou Ana Maria Afonso.
Para já ainda não há nenhuma solução à vista para a parte do imóvel em Baçal que está votado ao abandono.
Escrito por Brigantia
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