“Estava marcado e quando cheguei lá, ontem, já não me deixaram descarregar os animais porque estavam em greve, foi aí que me informaram. Disse que tinham de me arranjar uma solução, porque precisava dos animais abatidos para a Páscoa. Depois lá me conseguiram mandar para Vinhais, se não conseguisse em Vinhais o gado ficava a morrer em cima do carro”, contou.
Albino Rodrigues também tinha de abater animais neste matadouro mas viu-se obrigado a ir ao do Cachão, em Mirandela. Uma situação que foi bem mais dispendiosa que o que contava. “Ia levar os animais para o matadouro de Bragança, mas fui informado que não podia. Tive que o levar para o Cachão, é muito mais dispendioso, tive mais gastos”, afirmou.
O presidente da câmara de Bragança, Hernâni Dias, garante que a situação está hoje resolvida, com a vinda de um inspector sanitário de Vila Real. “Tivemos ontem uma situação de greve da inspectora sanitária, mas estivemos alguns constrangimentos no abate de animais. Hoje estão a ser abatidos animais, ontem fizemos um conjunto de diligências e hoje de manhã veio uma inspectora de Vila Real para prestar esse serviço. Ontem encaminhamos alguns dos nosso s clientes para outros matadouros, com os quais articulámos o abate”, informou.
Ao que conseguimos apurar, no matadouro do Cachão o veterinário da DGAV não estará a fazer greve. Já em Vinhais, o inspector sanitário aderiu mas o serviço estará assegurado pelo veterinário do serviço municipal.
Os trabalhadores reivindicam a criação da carreira especial de inspector sanitário. Está previsto que a greve se estenda até sábado.
Escrito por Brigantia
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