“A amêndoa em Portugal está a ter um aumento grande, em termos de área, e brevemente também isso se vai refletir na produção. Isto deve-se muito a este novo mercado dos produtos saudáveis, dos snacks. As pessoas querem alimentos nutritivos e que sejam de fácil confeção e no caso da amêndoa não precisa de qualquer confeção, é um snack que a pessoa tem em casa e facilmente leva para qualquer sítio. Isto tem sido uma grande vantagem no marco deste fruto e vai ser importante para o nosso país, porque nós neste momento não somos autossuficientes, nós ainda importamos mais do que o que exportamos. Portanto nós temos ainda bastante mercado nacional para o aumento desta produção, principalmente em termos europeus, importamos muito a amêndoa espanhola. Penso que dentro pouco tempo teremos uma quantidade bastante elevada de amêndoa produzida em Portugal.”
Para já, ainda é a zona Norte a principal produtora de amêndoas do país e em Trás-os-Montes tem-se verificado um aumento de plantações.
As mudanças do clima fruto das alterações climáticas têm contribuído para isso:
“Já se verifica em alguns sítios, onde se começam a substituir algumas culturas que eram mais tradicionais por culturas como a da amêndoa e da oliveira. Vai-se vendo uma alteração, o castanheiro está a subir mais e há outras culturas que também vão atrás e vão subindo com estas alterações climáticas. A amêndoa dá-se melhor aqui na zona chamada Terra Quente, porque embora precise de horas de frio é muito sensível às geadas tardias, e portanto alguns dos problemas que nós temos aqui na região de Trás-os-Montes, embora tenhamos áreas que são boas para a amêndoa, é realmente as variedades tradicionais que são mais precoces e, por vezes estão bastante carregadas e vão ter uma boa produção, mas depois vem uma geada tardia e causa estragos.”
Entre 2011 e 2018 instalaram-se mais cerca de 8,6 mil hectares de pomares de amêndoa em Portugal.
Escrito por ONDA LIVRE
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