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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

18ª edição da Feira Internacional do Norte: Norcaça, Norpesca & Norcastanha

NORCAÇA + NORPESCA + NORCASTANHA = uma feira de tudo e de nada.

Sobre esta feira, começo por citar: Albert Einstein, “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”, por outras palavras, quando as mesmas pessoas fazem a mesma feira no mesmo local, da mesma maneira, não podem esperar resultado diferente, se esperam, então sofrem de uma patologia.

Confesso que quando estava a entrar no recinto da feira, veio-me à memória a primeira feira de Artes Ofícios e Sabores de Vimioso em 1999, atente-se a este nome, naquilo que nos indicia, a feira estava em consonância com o nome, justificando a diversidade de expositores. Na NORCAÇA, NORPESCA, NORCASTANHA, não. O nome orienta-nos para uma feira direccionada para três temas: Caça, Pesca e Castanha.

Olhando para as individualidades da organização, vemos gente com valor, experiencia e conhecimento da evolução de certames nos últimos vinte anos. Hoje as feiras são muito específicas, orientadas para um público-alvo bem identificado, nada de feiras generalistas, sempre com a finalidade de promover, seja a região, a cidade, o produto e o produtor.

Em 2019, não tivemos Cuca Roseta, ainda bem, a suposta feira deixou de ser festa. Mas, para levar gente (não interessados) à feira promoveu-se actividades que nada têm a ver com o que se pode deduzir do nome do evento, tal como: passeio de bicicletas, gincana de tractores, jantares de … e para ... . Vivas à mesa lauta que a Câmara Municipal de Bragança proporcionou. Tanta actividade lateral fez passar para segundo plano a “feira” esta, tem de se impor por si e não com recurso a malabarismos.

Se a feira fosse para promover os dois restaurantes presentes, tinha cumprido o objectivo, espaço e local nobre, o mesmo aplica-se às forças de segurança (PSP e GNR). Remanesceu espaço muito reduzido para os “negociantes”, porque de expositores inseridos na temática da feira pouco tinham.

Penso que expositores com ligação à caça era um, à pesca eram dois e um à castanha, se assim se pode chamar ao vendedor de castanhas. Em contra ponto, para exemplificar, havia três de moto-serras. Feira pobre muito pobre, para um nome tão majestoso:  18ª edição da Feira Internacional do Norte: Norcaça, Norpesca & Norcastanha, será que os mentores e organizadores acham que o nome é suficiente para tornar uma “coisa” numa feira!

A passagem de modelos ao fundo do pavilhão e sem espaço, foi a cereja em cima do bolo. Durante a feira, som não havia, em contrapartida, fazia-se ouvir um ruído pelo pavilhão como se alguém estivesse a tentar fazer-se ouvir.

Mantenho que o casamento, contra natura, de caça e pesca com castanha tem, mais cedo do que mais tarde, de acontecer o divórcio, nada têm em comum, os interessados não são os mesmos e a promoção não combina bem.

Se fizermos uma avaliação distanciada, real e objectiva, chegamos à conclusão que foi a pior feira de sempre, portanto, mais uma despesa em vez de um investimento: Bragança a perder.

A Câmara Municipal de Bragança, não tem que organizar feiras, aliás está provado que não sabe mas, deve colaborar e também deve ser criteriosa na oferta de refeições pois, a finalidade destas, leva-nos a pensamentos que não estão condizentes com as boas práticas democráticas.

Bragança, Capital de Distrito, não pode continuar a passar por estes vexames. O que fizer tem de ser bem feito, para eventos destes necessita de um pavilhão multiusos condigno mas, não condição única ter espaço, tem de ter conhecimento e fundamentalmente competência.

Notas:

1 -O castanheiro está com problemas de Tinta, Cancro, Vespa e baixa pluviosidade se juntarmos o calvário da comercialização, os produtores são uns verdadeiros heróis.

Se na vez de “brincar” a feiras deste tipo, as Câmaras Municipais podiam e deviam colaborar na debilitação destes problemas.

1 - Por questões de segurança, no período da apanha da castanha, não permitir a caça nos soutos.
2 - Sobre as feiras de 2017/18 ver um post meu, no Facebook, no dia 25 de Janeiro de 2019.
Baptista Jerónimo

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