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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 30 de novembro de 2019

Candidatura ibérica das mascaradas à UNESCO espera por Portugal

A candidatura ibérica das mascaradas de inverno a Património Imaterial da Humanidade está dependente da emissão de um parecer português indispensável para avançar com o processo junto da UNESCO, indicaram hoje os proponentes.
Portugueses e espanhóis reuniram-se hoje em Bragança para fazer um ponto da situação da pretensão que junta 51 festividades dos dois lados da fronteira que envolvem manifestações e rituais com máscaras.

Segundo avançaram, em Espanha o processo está pronto, falta do lado português a Direção-Geral do Património Cultural emitir o parecer para inscrição das mascaradas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

“Vamos ter de insistir um pouquinho na parte da entidade que tem de emitir o parecer para que não nos atrase o processo”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias.

O autarca é também vice-presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça (AECT) Zasnet, constituído por municípios do distrito de Bragança, em Portugal, e da região de Zamora, em Espanha, a quem foi entregue o processo.

A intenção da candidatura conjunta à Organização das Nações Unidas para a Ciência, Cultura e Educação, tem 15 anos e foi recuperada em 2017 com a entrega do processo ao Zasnet e a elaboração do esboço da candidatura.

O processo, como explicou o autarca português, “abrange um conjunto de 51 festividades, 31 do lado de Portugal e 20 do lado espanhol”, com a ambição de conseguir alcançar “essa calcificação comum” de Património Imaterial da Humanidade.

“Seria uma forma de valorização daquilo que é esta cultura, este património, esta identidade do nosso território”, vincou.

Em Espanha “está tudo tratado”, falta agora do lado português a resposta aos contactos feitos com a Direção geral do Património “para que a candidatura depois possa avançar para a UNESCO”, como disse.

A coordenadora dos especialistas e organismos envolvidos na candidatura, Maria Diaz Lourenço, corrobora a espera pelo parecer do organismo português, que aponta como um passo determinante também para ter a noção das hipóteses de sucesso da candidatura.

Os promotores sabem que este processo pode ser demorado, tendo em conta a lista de espera que a UNESCO tem de candidaturas e o organismo internacional que decide sobre as mesmas só se reúne uma vez por ano.

Porém, a espanhola Maria Diaz Lourenço afirmou terem a indicação de que a UNESCO dá “prioridade e considera um ponto forte as candidaturas que se apresentam envolvendo mais do que um país”.

O estudioso da matéria António Tiza garantiu que estas tradições ibéricas têm especificidades que as distinguem de outros rituais que usam as máscaras.

Mascaradas é o termo mais usado pelos espanhóis que do lado português se materializam nas chamadas Festas dos rapazes por altura do Natal, Ano Novo e Carnaval.

Estão associadas ao colorido e reboliço dos caretos, os mascarados que são os protagonistas destas festas, e “fazem parte da vida das comunidades como as festas de verão em honra do padroeiro”, sublinhou António Tiza.

“Representam a vida da comunidade e em vários momentos essa vida aparece na critica social, é a revista do ano, os acontecimentos mais importante que se deram na comunidade e que aparecem neste momento, criticados por vezes. É como uma libertação pública dos pecados, dos males sociais que aconteceram”, explicou.

Nos últimos anos, estes rituais têm sido recuperados em várias aldeias e há mais gente a trabalhar a temática, como os 14 artesãos que marcam presença a trabalharem ao vivo na Mascararte, a bienal da máscara que decorre até quinta-feira, em Bragança.

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