"Estamos a elaborar, entre os municípios, uma candidatura conjunta de forma a valorizar esta fortalezas e criar roteiros de visitação e animação cultural", disse Artur Nunes, presidente da câmara de Miranda do Douro, um dos municípios abrangidos pela iniciativa.
No Nordeste Transmontano, a iniciativa de valorização de Fortalezas de Fronteira, envolve os nove castelos como o de Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro, Penas Roías (Mogadouro) Algoso (Vimioso), Miranda do Douro, Vinhais, Vimioso, Outeiro (Bragança).
Segundo o autarca outra das componentes a ter em conta passa pela iluminação cénica dos espaços das fortalezas e castelos, criação de conteúdos áudios visuais em três dimensões, recriações em contextos históricos percursos turísticos.
Por seu lado, a presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, indicou que este projeto vai trazer uma nova dinâmica aos centros históricos das localidades envolvidas.
"O projeto poderá atrair visitantes aos centros históricos já que os castelos e fortaleza estão ser requalificados e como há o anúncio de verbas para o efeito, os particulares poderão aproveitar a oportunidade para dinamizem estes espaços que estão um pouco despovoados", vincou a autarca.
O projeto Fortalezas de Fronteira pretende divulgar o legado patrimonial existente em toda a linha de fronteira luso-espanhola, uma das mais antigas do mundo, "contribuindo para a estruturação de produtos turísticos no interior de Portugal com capacidade de atrair mais visitantes e turistas nacionais e estrangeiros a territórios de baixa densidade".
A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, visitou a semana passada Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, numa iniciativa que pretendeu valorizar o projeto Fortalezas de Fronteira.
"Pretendemos inventariar estes ativos, para depois colocar à disposição de uma linha específica de financiamento, que permita aos municípios alavancar atividade turística nos seus territórios", explicou a governante no decurso da cerimónia que decorreu no centro histórico daquela vila tramontana.
Este projeto, segundo a governante, ainda não tem uma verba atribuída, por se estar em fase de inventariação das necessidades.
"Só depois do processo de inventariação serão abertas linhas específicas de financiamento, para garantir aos municípios os meios financeiros necessários para desenvolver obras de requalificação das fortalezas, se for esse o caso", indicou Rita Marques.
A iniciativa abrange e envolve 62 fortificações da linha de fronteira do território nacional, que o Governo quer promover por considerar que aqueles monumentos "são âncoras de desenvolvimento regional que podem criar emprego e gerar riqueza, afirmando-se como novos destinos turísticos".
"É muito importante divulgar todo este património histórico", vincou a secretária de Estado do Turismo.
O Programa de Valorização das Fortalezas de Fronteira visa transformar estes espaços únicos de história e cultura em locais dinâmicos de visita e conhecimento do país, em toda a linha de fronteira com Espanha.
O ponto de partida para projeto "Fortalezas de Fronteira" são as 62 fortificações desenhadas por Duarte D'Armas, escudeiro do rei D. Manuel, no Livro das Fortalezas, no séc. XVI, às quais acrescerão, mais tarde, outras, com data de construção posterior, que tinham por missão a defesa do antigo reino de Portugal.
A título de exemplo, Freixo de Espada à Cinta, o concelho anfitrião da apresentação do projeto "Fortalezas de Fronteira do Nordeste Transmontano", tem em curso a requalificação do seu castelo medieval, cujas obras de valorização da fortaleza já tiveram o seu início e foram visitadas por diversas entidades ligadas ao projeto.
Foto de António Pereira: Castelo de Outeiro
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